| 19/06/2008 15h33min
Uma disputa entre pilotos e Federação Internacional de Automobilismo (FIA) movimenta a Fórmula-1 às vésperas do GP da França, oitava etapa do mundial deste ano. Os competidores reclamam do preço cobrado pela entidade para emissão da superlicença, documento obrigatório para disputar a categoria.
O impasse causou uma ameaça de greve no GP da Grã-Bretanha, no próximo dia 6. A possibilidade de uma paralisação é pequena, mas o fato de a hipótese ser cogitada ilustra a gravidade da situação. Até o ano passado, a Fia cobrava 1,69 mil euros de cada piloto, com o adicional de 447 euros para cada ponto conquistado. Neste ano, os valores subiram para 10 mil euros fixos, mais dois mil euros
a cada ponto, além de 2.615 euros de um seguro.
O reajuste pesou no bolso dos pilotos, sobretudo dos que disputam as primeiras posições. Fernando Alonso e Lewis Hamilton dizem ter pago cerca de 200 mil euros à federação. Kimi Raikkonen, atual campeão, gastou 230 mil para poder pilotar neste ano.
— Paguei mais de 200 mil, é ridículo. Não sabemos o que é feito com esse dinheiro — reclamou Alonso.
Felipe Massa concordou e disse que não faz sentido os pilotos de ponta pagarem tarifas mais altas "só porque corre num carro mais bonito ou ganha mais".
— É muito dinheiro, especialmente para quem está começando na Fórmula-1 e soma muitos pontos, como Lewis Hamilton ano passado — disse o polonês Robert Kubica, que faz apenas sua segunda temporada completa na categoria e lidera o mundial.
O presidente da FIA, Max Mosley, usa o argumento de que um piloto que ganha mais de 20 milhões de euros tem condições de pagar 200 mil pela superlicença. O destino do dinheiro,
questão permanente entre os pilotos, é aumentar a segurança na
categoria, segundo o dirigente.
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