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A visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará à Alemanha poderá abrir um novo ciclo nas relações entre os dois países, principalmente na área comercial, setor que teve seu ritmo desacelerado nos anos 90 devido a mudança no foco de interesses e prioridades de ambos os lados. A avaliação foi feita neste sábado, dia 25, pelo embaixador do Brasil em Berlim, José Artur Denot Medeiros.
– Existe uma enorme convergência de valores e concepções entre os dois governos – declarou o embaixador, ressaltando as afinidades políticas existentes entre Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), e o presidente Johannes Rau e o primeiro-ministro Gerhard Schöroder, do Partido Social-Democrata (SPD), que formam um governo de coligação com o Partido Verde (PV).
Outro fator de atração, na avaliação de José Artur Denot Medeiros, é a confiança na política econômica traçada pelo novo governo brasileiro, respaldada no cumprimento dos acordos internacionais, na manutenção da inflação sob controle e na retomada do crescimento com ênfase na área social, aspectos que conquistaram o governo, a opinião pública e a sociedade alemã.
Na agenda de conversas entre Lula e os governantes alemães, devem ser abordadas as negociações entre a União Européia (UE) e o Mercosul. Em função da crise na Argentina, a Alemanha voltou a ser o segundo maior parceiro comercial do Brasil depois dos Estados Unidos.
Até maio próximo, uma missão composta por empresários e representantes do governo alemão virá ao Brasil para avaliar a implementação de 68 projetos já formatados. Segundo o embaixador José Artur Denot Medeiros, há no país duas grandes áreas de interesse dos alemães: energia e infra-estrutura, setores que carecem de investimento nacionais e estrangeiros.
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