| 24/06/2008 10h54min
O senador John McCain, candidato republicano à Casa Branca, afirmou nesta segunda-feira que os Estados Unidos deveriam seguir o exemplo do Brasil, que expandiu sua frota de carros com motor bicombustível, e aproveitou para atacar o apoio do democrata Barack Obama às barreiras contra o álcool brasileiro.
— Em três anos, o Brasil passou de 5% de carros com motor flex em sua frota para 70% — disse McCain.
— Só que as mesmas montadoras que ajudaram o Brasil a fazer essa mudança dizem que demoraria muito mais para transformar a metade de nossos novos veículos em carros flex.
McCain voltou a criticar os subsídios ao álcool americano feito de milho e as barreiras contra o produto brasileiro, feito de cana-de-açúcar.
— Nosso governo paga para subsidiar o etanol de milho e, ao mesmo tempo, cobra tarifas que impedem os consumidores de se beneficiar de outros tipos de etanol, como o do Brasil — disse.
— O resultado é
que o americano paga a conta duas vezes. Arcamos com os
subsídios e, como consumidores, pagamos mais na bomba porque colocamos barreiras sobre produtos mais baratos do exterior.
A crítica tinha endereço certo: a campanha de Obama, que defende os subsídios e a tarifa sobre o combustível brasileiro. Obama é senador pelo Estado de Illinois, segundo maior produtor de milho dos EUA.
Em entrevista ao Estado, semana passada, McCain já havia criticado os subsídios ao etanol de milho.
— É errado impor uma tarifa de US$ 0,54 por galão de álcool brasileiro, que é claramente mais eficiente do que o nosso — afirmou.
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