| 24/06/2008 19h11min
No primeiro dia de treinos da Semana Gre-Nal, Celso Roth disse que pretende manter a rotina de preparação do time feita nos demais jogos. Líder do Brasileirão por pontos, o Grêmio quer manter tudo como está. No entanto, o técnico não abrirá mão de um artifício que ainda não havia usado no campeonato: os treinos fechados.
— O grande segredo do futebol é manter a rotina, na vitória ou na derrota, na alegria ou na tristeza. Com isso, já respondo que vamos manter nossa rotina de trabalho. Será uma semana absolutamente normal como as outras, com muita atenção, determinação, respeito, sabendo que o adversário é fortíssimo e que este clássico envolve muitas coisas, mas tudo dentro da nossa rotina.
— Então não terá treino fechado? — perguntou um repórter.
— Isso, sim. Boa pergunta. Já aviso que sexta-feira vocês
(jornalistas) não terão o prazer de estar conosco. E eu terei o
dissabor de não encontrá-los. Nossa rotina tem de ser mantida, mas é Gre-Nal, e o Gre-Nal é fora da rotina.
Confira a entrevista coletiva do técnico:
Com 12 Gre-Nais no currículo, incluindo jogos pelos dois times, Roth conhece os detalhes que podem definir um Gre-Nal e sabe que não pode facilitar. Ele nega favoritismo e fica desconfortável para falar dos clássicos em que estava do lado do Inter. Minimizou o famoso Gre-Nal dos 5 a 2, destacando aqueles que valeram título, o de 97 pelo Inter e o de 99, pelo Grêmio.
Em 2002, Tite e Celso Roth estiveram frente a frente, mas em lados opostos. O Grêmio de Tite venceu por 1 a 0, com gol de Rodrigo Mendes. Sobre este jogo, Roth foi taxativo:
— Nem lembrava disso, mas como vocês pesquisam muito quando interessa, respondo: não lembro
de absolutamente nada, até porque nós perdemos o Gre-Nal.
Confira outras declarações do técnico gremista sobre o clássico do próximo domingo:
• O que pode decidir o Gre-Nal
— Futebol é momento. Pela minha experiência, de todos os clássicos que já participei, não existe favorito. O momento é que decide.
— Dentro do campo, é um jogo igual, mas determina a sorte de muitos profissionais. No clássico, cada segundo, cada centímetro de campo é fundamental. Para o jogador, estar imbuído disso é um detalhe importante para chegar no final com a certeza de uma boa participação.
• O que mais teme no Inter
— A qualidade do elenco, a seqüência de trabalho e a grandeza do Internacional, é óbvio.
• Em caso de derrota, a desconfiança em relação ao seu trabalho pode voltar?
— Não
deveria, mas isso pode acontecer. Estamos com uma campanha boa e o Inter, mesmo que esteja desequilibrado, tem um treinador que recém
começou seu trabalho, então não poderia ser julgado. A razão teria que ter seu lugar, mas, pelo histórico, sabemos que isso não acontece.
— Cria-se toda uma desconfiança sobre um trabalho. O trabalho é desenvolvido com racionalidade. O Gre-Nal, não. É puramente passional, emocional
• As atrações deste Gre-Nal
— A campanha do Grêmio, o momento de desequilíbrio do Internacional, alguns jogadores que estão se destacando no Grêmio, outros que vêm tendo manutenção do equilíbrio no Inter, a torcida que vai estar aí para confirmar o momento do Grêmio, ou não. São esses requintes que fazem a historia do Gre-Nal. Esperamos que essas coisas aconteçam a favor do Grêmio.
• O Gre-Nal que mais marcou
— Os títulos gaúchos, pelo Inter no Beira-Rio e pelo Grêmio no Olímpico. Foram duas conquistas interessantes com sabores diferentes, em clubes diferentes. O fundamental
é ganhar o Gre-Nal. O que mais me marcou no do Grêmio foi que o Ronaldinho saiu do
clássico quase direto para a Seleção Brasileira, e hoje é o Ronaldo que está aí. E no Inter, a conquista de um espaço que era do Grêmio há muito tempo.
Clique e confira gráfico animado sobre a história do Gre-Nal
Em coletiva, técnico admitiu que uma derrota pode fazer voltar a desconfiança em relação ao seu trabalho
Foto:
Daniel Marenco
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