| 04/07/2008 17h49min
O presidente Paulo Odone demonstrou indignação ao falar da saída de Roger para o Catar. Por volta das 17h30min, Odone disse que havia ficado sabendo da notícia uma hora e meia antes. Se dizendo traído, o presidente anunciou que vai tentar conseguir uma compensação financeira maior. Ou então fazer com que o jogador fique sem jogar. Mesmo com a cláusula que permitia ao jogador romper o contrato unilateralmente, o clube teria a opção de compra.
Enquanto o presidente dava entrevistas, o time treinava no campo e Roger estava no departamento jurídico, discutindo a sua situação.
— Não vou deixar ele sair sem nenhum respeito, sem pelo menos negociar com esse clube que o ajudou a se recuperar. Olha o tamanho do Grêmio. Não vou deixar ele sair daqui como o Ronaldinho — disse Odone.
Mesmo assim, o presidente deixou claro que Roger não joga mais pelo Grêmio. Questionado se ficou irritado, ironizou:
— Não, estou festejando. O
jogador me diz "estou indo embora, não quero jogar
domingo". Quer que eu festeje?
Os repórteres insistiram e quiseram saber se ele estava chateado com a situação ou com o próprio Roger. Odone admitiu:
— Não tem como separar as coisas. O jogador está jogando como titular e espera chegar uma sexta -feira para dizer "amanhã eu não viajo". Não é a forma mais profissional de se tratar.
Uma oferta de US$ 5 milhões por dois anos de contrato, do Qatar Footbal Club, de Doha, está tirando Roger do Grêmio após cinco meses. O jogador chegou a Porto Alegre em 9 de fevereiro, jogou 22 partidas e marcou 10 gols, sete deles de pênalti.
— O torcedor merece respeito, e o tem do presidente, se não tem dos atletas — encerrou Odone.
Em maio, Roger havia dito que pretendia encerrar a carreira no
Grêmio.
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