| 10/07/2008 05h34min
Quando um time é limitado, joga fora de casa contra um adversário desesperado e ainda tem dois pênaltis sonegados pela arbitragem, torna-se impossível uma vitória. Foi o que aconteceu com o Grêmio, na Vila Belmiro. Celso Roth retornou ao 3-5-2, mas a atuação do time quase não se modificou, comparada à de domingo. O Santos é fraquinho, fraquinho e, pelo que mostrou, vai lutar para ficar na Série A. Nada mais. Mas o Grêmio não conseguiu desfrutar a vantagem de ter um adversário tão desqualificado. Como poderia, sem meio-campo? Formando este setor com dois volantes e um jogador a caminho da aposentadoria, não tem time que funcione. Acrescente-se que Perea parece tomado por insuportável preguiça, Marcel tem sérias desavenças com a bola e Paulo Sérgio está em todos os lugares menos na sua posição e o empate ficou de ótimo tamanho. Celso Roth precisa, urgentemente, de Tcheco e quem mais puder melhorar o meio. E se insistir com este esquema tático, sem alas, apenas laterais limitados, dificilmente o Grêmio poderá
almejar no campeonato mais do que lutar por posição intermediária. Com sorte.
Bem barato
Tite mostrou, ontem, como pode um treinador modificar radicalmente o desempenho do seu time, para melhor. Depois de uma etapa inicial monótona, sem arremates ofensivos, o treinador do Inter decidiu alterar a formatação tática da equipe. Guiñazu, de modesta atuação, ficou no vestiário, e Adriano entrou no seu lugar. Não foi, simplesmente, a troca de um volante por um atacante. Com a mudança, Nilmar recuou e, tendo um companheiro jogando a sua frente, deu um show particular. É vindo de trás, com espaço, que Nilmar produz o máximo que pode. Foi dele o roubo de bola que resultou no gol de Adriano. Mas esta não foi a única mudança de posicionamento com a mexida de Tite. Alex voltou para o setor de armação formando com Taison uma boa dupla de articuladores ofensivos. O Inter dominou o Goiás, amplamente. O resultado não expressou com correção o tamanho da
superioridade colorada. Índio foi o
melhor jogador da partida. O Inter poderia render muito mais se tivesse mais qualidade no lado direito. Ricardo Lopes é um lateral sério, compenetrado, mas simples, muito comum.
A decisão
Inter e Cruzeiro decidem hoje o título do estadual de juniores. O jogo estava marcado para domingo, mas foi antecipado. O Cruzeiro protesta, alegando que a antecipação atenderia o interesse do Inter em escalar jogadores que já estão entre os profissionais e que não poderiam jogar. O Inter responde que só pretende usar Walter e Titi. A FGF pode não ter favorecido o Inter, mas é o que parece ter acontecido.
Bate-boca
Inconformado por empatar com o Ipatinga em jogo que merecia perder, Muricy Ramalho espinafrou os jogadores, publicamente. A manifestação criou desconfortos. Se prestassem atenção ao passado de Muricy, saberiam que este é seu comportamento padrão. Nas vitórias "a gente trabalha
muito e sério... eles fizeram o que eu determinei e blablabla". Nas
derrotas "eles não cumpriram o que foi determinado etc". Assim foi no Inter, assim é no São Paulo.
Lingua enrolada
Luiz Felipe surpreendeu na apresentação quando tentou responder perguntas em inglês. Os britânicos apreciaram o esforço e, também, se divertiram muito. A conversa foi na base do "mim querer... eu ser assim...". Nada, porém, que comprometa aquele que é o treinador brasileiro mais bem-sucedido da história.
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