O Milan precisou gastar quase 10 milhões de euros a mais que o previsto para tirar o meia-atacante brasileiro Ronaldinho do Barcelona. A negociação foi fechada nesta terça-feira, após uma segunda reunião entre as partes que durou mais de duas horas, realizada nos escritórios do clube catalão.

O ex-jogador Assis, irmão e representante de Ronaldinho, levou ao Barcelona a oferta inicial do Milan, de 15 milhões de euros fixos e outras cotas extras, mas os catalães não aceitaram.

Diante da oferta de mais de 30 milhões de euros feita pelo Manchester City, os italianos tiveram de aumentar o valor da proposta para 21 milhões de euros. Outros 4 milhões serão pagos ao Barcelona se os italianos conseguirem a classificação à Liga dos Campeões nas próximas três temporadas.

Além disso, o próprio Ronaldinho perdeu dinheiro na transação, pois deixou de receber quase quatro milhões de euros referentes à comissão pela transferência.

— O desejo do jogador foi importante no final, mas também foram feitas certas renúncias. Os jogadores atuam onde querem — comentou Aitor Begiristain, diretor esportivo do Barça, explicando ainda que o desejo do meia-atacante era se transferir ao Milan.

O dirigente não sabe se Ronaldinho poderá se despedir da torcida do Barça. Contratado em 2003 ao Paris Saint-Germain, o brasileiro fez história pelo clube ao conquistar títulos como o da Liga dos Campeões nas três primeiras temporadas, mas depois caiu de rendimento e acabou forçando sua saída.

Para Begiristain, o Barcelona não se livrou de um peso com a saída do brasileiro. Agora o clube se concentrará em negociar o atacante camaronês Samuel Eto'o, outro que também não faz parte do planejamento.

— Esperemos as propostas que vierem, porque estamos fazendo planos sem ele — afirmou Begiristain.