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O diretor da agência de vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), Mohamed ElBaradei, disse nesta quinta, dia 30, que, em sua opinião, o Iraque não violou a resolução da ONU sobre desarmamento, como dizem os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.
ElBaradei, que dirige a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou à rádio BBC que o Iraque oferece uma cooperação "modesta ou razoável" aos seus inspetores, e pediu que Bagdá se empenhe mais nesse sentido.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha acusam o regime de Saddam Hussein de espionar os inspetores da ONU e obstruir seu trabalho. Isso representaria uma "violação material" da resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU, e portanto seria o pretexto necessário para o começo de uma guerra.
– Não vamos dizer que é uma violação material a não ser que vejamos alguma violação flagrante da resolução. Mas, mesmo assim, cabe ao Conselho de Segurança se pronunciar a respeito – afirmou ElBaradei.
Ele também pediu mais tempo – quatro ou cinco meses – para concluir o trabalho, apesar da pressão norte-americana para que tudo acabe rapidamente.
– Acho que nos próximos meses poderemos chegar a uma conclusão sobre se o Iraque está livre de armas nucleares – disse.
Na segunda, ao lado do inspetor-chefe Hans Blix (que cuida de armas biológicas e nucleares), ElBaradei apresentou um relatório sobre suas atividades no Iraque. Blix afirmou que Bagdá não está colaborando com as inspeções e ocultou informações sobre várias armas letais. Um novo relatório está marcado para 14 de fevereiro.
ElBaradei disse à BBC que seus inspetores não encontraram indícios de armas nucleares, mas ainda estão investigando tubos de alumínio que podem ser usados para fins bélicos. A conclusão preliminar é de que as peças servem para armas convencionais.
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