| 01/02/2003 18h06min
Num jogo tumultuado, o Criciúma venceu o Figueirense por 3 a 2 neste sábado, dia 1º de fevereiro, no Estádio Heriberto Hülse, pela quarta rodada do Grupo A do Campeonato Catarinense de 2003. Paulo Cesar Baier, Dejair e Delmer marcaram para o Tigre, e Fernandes e Bebeto fizeram os gols do alvinegro. Com o resultado, o Criciúma soma agora seis pontos na tabela de classificação, enquanto o Figueira segue com quatro. Na próxima rodada, domingo da semana que vem, o Tigre encara o Atlético, em Ibirama, e o alvinegro recebe o Joinville.
Antes de o jogo começar, o técnico Heron Ferreira surpreendeu ao anunciar a escalação do Figueirense. Felipe e Adriano Sella estavam cotados para ocupar a vaga de Triguinho na lateral esquerda, mas quem entrou no setor, de forma improvisada, foi o meia Carlos Rogério.
O técnico do Criciúma, Abel Ribeiro, não ficou atrás. Na sexta, a dúvida era se Paulo Cesar Baier jogaria no meio-de-campo ou na lateral direita, sua posição de origem. Caso Baier fosse escalado para o meio, Eto assumiria a lateral, e Dejair ficaria no banco.
Mas Abel acabou optando por algo bastante diferente. Tirou o atacante Tico e pôs o volante Cleber; nas laterais, manteve Paulo Cesar Baier na direita e trocou Luciano Almeida por Alonso, que reestreou no Tigre após a temporada no Fluminense.
Em campo, apesar dos cinco gols marcados, as duas equipes fizeram um jogo catimbado: muitas faltas, lances ríspidos e desentendimentos entre jogadores. Tudo isso – e mais a fraca atuação do árbitro Wellinkson Bozzano – contribuiu para deixar os ânimos exaltados.
Zinho e Cleber Gaúcho trocaram agressões no primeiro tempo, sob a vista grossa dos bandeiras. Na etapa final, Luciano Almeida, que nem havia sido escalado, entrou em campo e empurrou Bebeto logo após o segundo gol do Figueira. A confusão interrompeu o jogo por quatro minutos.
Mas o fato mais lamentável ocorreu na entrada do vestiário do Figueirense. De acordo com informações da rádio CBN/Diário, a briga começou quando o massagista alvinegro Gil foi apressar um gândula que demorava a devolver a bola.
O desentendimento acabou numa troca de socos entre integrantes dos dois times, envolvendo jogadores que estavam no banco de reservas, integrantes das comissões técnicas e dirigentes.
O jogo em si começou com um pênalti duvidoso marcado por Wellinkson Bozzano, aos cinco minutos do primeiro tempo (Paulo Cesar e Carlos Rogério trombaram dentro da área). Após dois minutos de protestos dos jogadores do Figueira, Paulo Cesar Baier cobrou com perfeição, no canto direito de Édson Bastos.
O Tigre, que já atuava melhor que o adversário, continou dominando a partida depois do gol. O atacante Delmer só não marcou o segundo, aos 14, porque Édson Bastos saiu bem do gol e fez a defesa nos pés do atacante. Já aos 18, Paulo Cesar Baier cruzou da direita, e o próprio Delmer, cabeceando com estilo no segundo pau, fez 2 a 0.
O segundo gol deu a impressão de que uma goleada estava por vir. Mas o Figueira conseguiu se acertar em campo, apertou a marcação no meio e passou a jogar melhor que o Tigre. Aos 25, Zinho recebeu na ponta esquerda, passou por Cametá e foi derrubado por Delmer dentro da área. Porém, na cobrança do pênalti, Bebeto chutou mal, quase no centro do gol, e Fabiano defendeu.
– A atenção prevaleceu. O time todo ficou atento e fomos pra cima – explicaria depois Zinho, no intervalo, em entrevista à CBN/Diário.
O gol veio três minutos depois. O lateral-direito Paulo Sérgio cruzou na medida para Fernandes. Saltando exatamente sobre a marca do pênalti, o meia cabeceou com precisão no canto esquerdo e venceu Fabiano.
Daí até o fim da etapa, os dois times perderam cada um pelo menos uma grande chance de gol. Aos 30, Bebeto finalizou de cabeça, e Fabiano salvou o Tigre com uma difícil defesa. Aos 33, Delmer perdeu o gol praticamente embaixo da trave, depois de grande jogada de Paulo Cesar Baier.
No intervalo, Heron Ferreira mudou o alvinegro em duas posições. O jovem Felipe, de 17 anos, estreou no time entrando no lugar de Jeovânio e assumiu a lateral esquerda. Com isso, Carlos Rogério passou para o meio-de-campo. A outra mudança foi a troca do meia Gilmar pelo atacante Oliveira.
O técnico Abel Ribeiro, por sua vez, não alterou o Criciúma. Aliás, já o tinha feito ainda no primeiro tempo, aos 41, quando tirou Paulo Cesar e pôs Alexandre, de boa atuação.
No segundo tempo o jogo perdeu em qualidade, sobretudo por parte do Criciúma, que mostrou falta de preparo físico. Ainda assim, o Tigre conseguiu sair de campo vitorioso, mesmo atuando com um jogador a menos desde os 16 minutos, quando Cleber Gáucho foi expulso.
Antes, porém, o Tigre havia feito o terceiro gol. Aos nove, Paulo Sérgio deu bobeira na área, permitindo que Paulo Cesar Baier roubasse a bola e batesse cruzado para a pequena área. Dejair aproveitou e ampliou para o Criciúma.
Depois, quando o Tigre já estava com 10 em campo, o Figueirense conseguiu marcar o segundo gol. Aos 21, Fernandes rolou para Bebeto, que pegou de primeira e mandou no canto direito de Fabiano. Na seqüência, houve a confusão, já descrita, que atrasou o jogo em cerca de quatro minutos.
O Criciúma ainda teve outro jogador expulso: Paulo Cesar Baier, aos 36, por falta em Fernandes. O alvinegro foi para cima, em busca do gol de empate, mas o Tigre segurou o placar e conseguiu chegar à segunda vitória no campeonato.
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