| 25/07/2008 11h41min
O Brasil voltou a ter uma boa atuação e não teve problemas para bater o Japão por 3 sets a 0 nesta sexta, com parciais de 25-17, 25-23 e 25-15, e garantiu vaga como primeiro colocado do grupo E na fase final da Liga Mundial de vôlei, disputada no Maracanãzinho.
Os japoneses chegaram à etapa decisiva da competição como convidados da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e vieram para o Brasil com apenas nove jogadores, três a menos do que o usual. O fato foi motivo de críticas de dirigentes e atletas de outras seleções.
Mas o Brasil não estava muito interessado na situação dos japoneses. A equipe entrou em quadra com sua formação titular - nem Giba, que estava com torcicolo, foi poupado - e mostrou que estava levando a partida a sério, mesmo atuando diante de um adversário que veio com muitos reservas.
A postura dos comandados de Bernardinho ficou clara no início do primeiro set. Empurrados pelo bom público que compareceu ao Maracanãzinho, eles
abriram quatro pontos de vantagem (8 a
4) ao final do primeiro tempo técnico.
Virando bem as bolas, os brasileiros não tiveram dificuldades em manter o domínio no marcador - quando não concluíam as jogadas, contavam com os muitos erros dos japoneses. A seleção aproveitou para forçar bastante o saque e abrir 19 a 10.
O Japão ainda tentou esboçar uma tímida reação, mas os comandados de Bernardinho não deixaram o adversário crescer e fecharam por 25 a 16, graças a um erro do ataque japonês.
A vitória fácil da primeira parcial fez com que o Brasil relaxasse um pouco mais - ainda assim, a equipe conseguia sempre ficar com uma vantagem de entre dois e três pontos. O técnico Bernardinho aproveitou para tirar Giba, já pensando na semifinal.
Mais relaxada em quadra, a seleção japonesa também melhorou - principalmente no bloqueio -, e chegou a ser aplaudida pelo público no Maracanãzinho após um ponto disputado. E o adversário chegou a fazer 13 a 11, obrigando Bernardinho a
pedir tempo.
A parada não melhorou a
situação da seleção, que esbarrava na boa defesa japonesa e errava bastante na recepção. Foi aí a torcida fez sua parte, passando a apoiar a equipe. O incentivo deu resultado. Após estarem perdendo por 17 a 14, os brasileiros viraram para 20 a 19, tomando novamente o controle da partida.
Contudo, o fim do set foi bastante disputado. Os japoneses chegaram a ameaçar novamente e o placar ficou em 23 a 23. Mas o Brasil conseguiu os dois pontos necessários para fechar a segunda parcial graças a uma largadinha de Murilo e um bloqueio triplo, fazendo 25 a 23.
O início do terceiro set foi o melhor da seleção - contando com os erros dos japoneses e bons ataques, a equipe fez 4 a 0. Ao final do primeiro tempo técnico, o placar estava em 8 a 2.
Diante do fraco desempenho - oito erros de ataque -, o Japão pediu tempo para tentar melhorar a postura em quadra. A equipe até se mostrou mais concentrada, mas o Brasil manteve o ritmo e a confortável vantagem no
placar.
Bernardinho aproveitou o
último set para poupar boa parte da equipe titular - quando o marcador era de 15 a 10, apenas Rodrigão estava em quadra entre os seis que começaram jogando.
E os reservas deram conta do recado. Contando com bons ataques de Samuel e Murilo, a equipe não deixou os japoneses assustarem novamente e mantiveram a distância entre oito e nove pontos no placar. A equipe fechou o set em 25 a 15, e a partida em 3 a 0.
Com a vitória, a seleção brasileira garantiu a liderança do grupo E, com quatro pontos, após duas vitórias e nenhum set perdido. A equipe voltará à quadra amanhã para a semifinal contra o segundo colocado da chave F - que tem Estados Unidos, Sérvia e Polônia. Sérvios e poloneses jogam hoje, às 13h de Brasília, e os segundos precisam da vitória para ainda ter alguma chance de classificação.
A segunda vaga da chave E fica com a Rússia, que termina com uma vitória e uma derrota. Já o Japão despede-se do Rio de Janeiro na lanterna do grupo e passará
a se concentrar nos Jogos Olímpicos
de Pequim, de 8 a 24 de agosto. Se vencer a semifinal de amanhã, a equipe terá a chance de garantir, no domingo, seu oitavo título da Liga Mundial - o sexto seguido.
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