Você sabe qual é o jogador que aparece na foto ao lado com o D'Alessandro? Por volta das 21h de ontem, o meia chegou ao Beira-Rio e se acomodou nos camarotes. Se encantou com a torcida e perguntou quem eram o "seis (Marcão)" e o "sete (Taison)". Auxiliado pelos empresários Gustavo Mascardi e Fernando Otto, assinou pelo menos duas dezenas de camisetas do Inter.

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O dia de D'Alessandro

Às 18h36min de ontem, quando o vôo particular 8021, da TAM, pousou no Salgado Filho, um grito serviu de senha para os 400 colorados que aguardavam D'Alessandro.

— Chegou o TAM!

Em seguida, a torcida inaugurou o grito de guerra "E dá-lhe D'Alessandro/Dá-lhe, dá-lhe D'Alessandro". Foi o coro que permaneceu até a hora em que o argentino chegou a um camarote do Beira-Rio.

D'Alessandro vestia boné branco, do Inter — que recebera já no desembarque. O boné escondia o cabelo moicano levemente descolorido, jaqueta de vinil, jeans e sapatos brancos. Nos dedos, anéis de prata. Na mão direita, uma tatuagem de lagartixa - são mais quatro tatuagens no corpo. Ainda no aeroporto, ele cenou para o aglomerado de torcedores e comentou com o seu empresário Fernando Otto:

—Isso tudo é para mim? Nunca vi nada igual.

Escoltado por uma viatura da Brigada Militar, D'Alessandro passou no Hotel Sheraton, no bairro Moinhos de Vento, tomou banho e foi ao Beira-Rio assistir a Inter e Santos. Ocupou o camarote da direção.

O futuro número 15 do Inter mostra-se entusiasmado. Antes de conhecer o estádio, D'Alessandro atendeu a 10 repórteres que o aguardavam.

Um tanto surpreso com o assédio, ele começou a conversa com um sorriso e um singelo "Hola, primeramente". Depois, disse estar impressionado com a recepção. Mal sabia o que o esperava no estádio.

— Estou comovido com o carinho dos torcedores. Sinceramente, não esperava por isso. Isso dá ainda mais vontade de fazer as coisas bem — comentou D'Alessandro.

Meia hora depois, por volta das 21h, o meia chegou ao Beira-Rio. Desembarcou na Avenida Padre Cacique e desceu do Peugeot 307 do diretor executivo do Inter, Newton Drummonnd, escoltado por um grupo de sete seguranças.

Foi simpático com os torcedores que tentaram pará-lo para fotos, mas não pôde atender a todos.

Ingressou no setor de camarotes, de onde assistiu ao jogo na suíte número sete, do dirigente Fernando Carvalho. Logo foi identificado pelos torcedores da arquibancada inferior. E então começou a festa de coros no Beira-Rio. Teve o nome cantado por uma pequena multidão, e passou a receber uma chuva de camisetas, bonés e até jaquetas de torcedores que pediam seu autógrafo.

D'Alessandro custou US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 8,5 milhões) ao Inter, que o contratou em parceria com o investidor Delcyr Sonda. É uma das maiores contratações da história o Inter e do futebol brasileiro.