| 19/08/2008 04h57min
A seleção brasileira feminina de vôlei garantiu sem sustos a classificação para as semifinais dos Jogos Olímpicos de Pequim ao aplicar 3 sets a 0 no Japão. A partir de agora, a expectativa é de um confronto mais duro, diante de Rússia ou China, que jogam ainda nesta terça. Todavia, independente do adversário, as meninas do Brasil terão de conviver com um trauma.
Há quatro anos, na semifinal dos Jogos de Atenas, o Brasil tinha a vitória nas mãos diante da Rússia. Com 2 sets a 1 de vantagem, o time de José Roberto Guimarães alcançou o placar de 24 a 19 no quarto set para carimbar a vaga na final. De forma inacreditável, levou a virada e acabou superado por 3 sets a 2.
– Nosso treinamento é competitivo, estamos preparados para qualquer coisa, para sair na frente, para sair atrás, para jogar com a China, com a Rússia, com Cuba. Eu só penso no meu time – afirmou o treinador, ainda na sala de conferência do Capital Gymnasium.
Desta forma, o comandante brasileiro descarta um intenso trabalho psicológico para fazer parte de sua equipe esquecer a derrota de 2004. Naquela oportunidade, seis atletas do atual grupo já defendiam a seleção: Fabiana, Fofão, Mari, Valeskinha, Walewska e Sassá.
– São situações totalmente diferentes. Tivemos pouco tempo de trabalho com aquele grupo de Atenas, eu assumi no final do ano anterior. Daquele jogo contra a Rússia, não vamos aproveitar nada. Só posso dizer que hoje o time está muito bem – reiterou José Roberto Guimarães.
Rival na mão de Deus
Ao ser questionado sobre uma preferência sobre o próximo rival, José Roberto Guimarães foi claro: tanto Rússia como China irão proporcionar dificuldades às brasileiras, que ainda não perderam sequer um set na competição.
– Eu entrego na mão de Deus o adversário da semifinal – declarou.
Jogadoras confiantes
A confiança demonstrada pelas atletas anima ainda mais o treinador na busca da medalha de ouro na China. Logo após a vitória contra o Japão, José Roberto Guimarães teve uma conversa com sua capitã, a levantadora Fofão.
– Eu perguntei se ela preferia Rússia ou China. A Fofão me respondeu que pode vir qualquer uma. É muito bom perceber essa confiança nos olhos das jogadoras – finalizou o técnico, campeão olímpico em 1992 com o time masculino.
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