| 21/08/2008 14h35min
A primeira reação foi de susto. Quando Cássio Splitter recebeu um insistente telefonema do Centro Infantil Boldrini, em Campinas (SP), hospital onde a filha Michelle faz tratamento contra a leucemia, o coração de pai logo se sobressaltou. Mas a impressão seguinte foi do mais gratificante alívio: ele ouviu, do outro lado da linha, a tão aguardada notícia. Um doador compatível com a filha foi encontrado.
Mesmo uma semana depois do aviso, devido ao sigilo imposto por lei, pouco se sabe sobre a pessoa que pode livrar a atleta blumenauense da doença. Ninguém da família Splitter tem qualquer informação sobre o doador, nem de que região do Brasil procede. Sabe-se apenas que é mulher e que a compatibilidade está confirmada — e, de fato, é só isso que importa. As chances são reais, e Michelle já deu início, na manhã desta quarta-feira, aos exames preparatórios para o transplante, que incluem ultra-sonografia do coração e pulmão. Afinal, qualquer problema, seja uma pequena infecção na unha
ou cárie no
dente, poderia trazer sérias complicações durante o processo.
Com os exames aprovados, a jogadora, que é irmã do pivô da seleção brasileira de basquete, Tiago Splitter, ainda será submetida à quimioterapia e radioterapia intensas por uma semana para "zerar" a medula, a fim de receber as novas células. Cinco dias depois, a doadora será internada, e só então terá início o transplante — o que deve ocorrer, provavelmente, daqui a 25 dias. Michelle ainda permanecerá internada de 60 a 90 dias, até que o funcionamento da nova medula seja normalizado, para evitar infecções e diminuir o risco de rejeição.
A mãe, Elisabeth, está confiante. Ela conta que a confirmação de que Michelle realmente precisaria de um transplante ocorreu na última segunda-feira, quando já tinham descoberto um doador.
— Foi uma coisa incrível. Agradecemos a Deus, porque foi um presente divino algo tão raro, como um doador compatível ser encontrado tão rápido, justamente quando
precisamos. A Michelle está bem e preparada, e
nossa fé é grande, estamos com muita esperança. Então, agora, é ir em frente.
Michelle deu início, na manhã desta quarta-feira, aos exames preparatórios para o transplante
Foto:
Divulgação
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