| 22/08/2008 07h42min
Um dilema nasceu no vestiário do Beira-Rio, depois do 4 a 1 sobre o Palmeiras: repetir um time pela primeira vez em 18 jogos ou promover o retorno de Edinho? Até agora, a falta de seqüência do mesmo time e o desentrosamento do meio-campo serviram de justificativas para a má fase no Brasileirão. O Colorado enfrenta o Flamengo, às 16h de domingo, no Beira-Rio, pela 22ª rodada do Nacional.
Edinho, um dos líderes do grupo e campeão mundial, cumpriu suspensão quarta-feira e está pronto para voltar contra o Flamengo, domingo. No centro das atenções, o volante evitou as entrevistas ontem.
A dúvida aumenta porque Guiñazu e Magrão deram melhor saída de bola para o ataque. Porém, desde 2004 a titularidade de Edinho é uma unanimidade no vestiário do Beira-Rio. Assim que assumiu, Tite o promoveu a capitão – depois, Clemer assumiu a braçadeira. Nos bastidores corre a idéia de que nenhum ninguém é capaz de dar à zaga a segurança que Edinho proporciona.
Alex: Sempre sobrará um grande jogador no banco
Além disso, o volante é um dos líderes do grupo desde a vitoriosa campanha da Libertadores. Quando Perdigão foi negociado com o Vasco, assumiu o posto de “atleta mais bem humorado do vestiário”. É o amigão de todos. Sempre ouvido nos momentos de maior gravidade. Até mesmo os mais experientes do grupo demonstram desconforto ao falar sobre a formação sem Edinho.
– Quanto mais repetição de time, melhor será para ganhar entrosamento e ritmo. O Edinho é um de nossos jogadores com maior ritmo de jogo. Em um grupo de qualidade sempre sobrarão grandes jogadores no banco – disse Alex, sem mostrar posição definitiva.
– Até agora não conseguimos repetir o time. Mas, se a equipe será mantida ou não, é decisão do Tite – esquivou-se Índio.
A atuação do segundo tempo contra o Palmeiras foi considerada melhor do que a do primeiro tempo. A diferença foi a mudança de esquema para o 4-4-2, com Rosinei atuando como meia, Índio pela lateral direita, e Bolívar, na zaga pela direita – o zagueiro ainda não conseguiu fazer boas atuações como líbero. Jogando dessa maneira, Guiñazu e Magrão tiveram mais liberdade para avançar, deixando a defesa exposta em certos momentos – o que pode pesar a favor de Edinho.
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