| 28/08/2008 10h09min
Pela primeira vez na história, o jogo de equipe da Ferrari pode beneficiar um piloto brasileiro. Com Felipe Massa a apenas seis pontos do inglês Lewis Hamilton na briga pelo título da temporada, a equipe italiana admitiu nesta quinta-feira que o atual campeão, o finlandês Kimi Raikkonen, pode desempenhar o papel de escudeiro do representante nacional.
– Se for preciso, o Kimi ajudará o Felipe –garantiu o diretor Stefano Domenicali, em entrevista ao jornal Gazzetta dello Sport.
– Já tínhamos conversado sobre isso no começo desta temporada, mas vamos esperar um pouco. Por enquanto, é melhor analisar a evolução das coisas – completou.
O jogo de equipe da Ferrari ficou evidente em maio de 2002, durante o Grande Prêmio da Áustria. Líder até a última curva da prova em A1-Ring, Rubens Barrichello tirou o pé do acelerador a poucos metros da linha de chegada e permitiu a ultrapassagem do alemão Michael Schumacher, principal piloto da escuderia.
No ano passado, já sem Schumacher e Rubinho no time de Maranello, foi a vez de Felipe Massa interceder a favor do título de outro representante da Ferrari. Em Interlagos, no último GP da temporada 2007, o brasileiro liderou a disputa até a segunda parada nos boxes, quando facilitou para que Raikkonen assumisse a ponta e faturasse o Mundial de Pilotos.
Desta vez pode ser o Brasil o beneficiado pelo jogo da Ferrari, mas Domenicali prefere ser cauteloso ao tratar do assunto – sobretudo por causa da recente forma de Raikkonen, que não vence há oito provas na Fórmula-1 e aparece na terceira colocação do Mundial com 57 pontos (13 atrás de Hamilton, líder com 70).
– O Kimi vai reagir, e o momento dele não é um problema a meu ver. Ele logo estará forte novamente, pois sabe se manter distante das críticas e das polêmicas – defendeu o diretor italiano, que ao mesmo tempo aproveitou para dar um ‘ultimato’ no finlandês quanto ao restante da temporada.
– Não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar resultados importantes por causa dos nossos problemas. Temos que começar com esse pensamento dentro de duas semanas, no Grande Prêmio da Bélgica. Lá, com seis etapas restantes para o final da temporada, teremos o sprint final do campeonato – concluiu.
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