O Inter que entra em campo para enfrentar a Portuguesa a partir das 18h20min deste sábado será bem diferente do que iniciou a partida contra o Sport. Em parte pelos desfalques, em parte pelas alterações promovidas por Tite. O técnico sabe que a pressão sobre ele — que já não é pequena — aumentará muito em caso de um mau resultado no Beira-Rio. Sobre isso, Tite garante que tem o respaldo de toda a diretoria.

Já um pouco mais bem-humorado do que na última entrevista coletiva, na terça-feira, Tite falou sobre a situação que o time enfrenta e não fez mistério sobre a escalação. O Inter jogará com Clemer; Ricardo Lopes, Índio, Álvaro e Gustavo Nery; Edinho, Magrão, Andrezinho e Taison; Alex e Luiz Carlos.

Confira as principais declarações e assista ao vídeo:

Sobre a pressão a que está submetido

— Falar em termos hipotéticos é complicado. Posso dizer que estou muito feliz no Internacional, me sinto muito fortalecido por toda uma direção que, afora o respaldo, tem feito um planejamento, não tem medido esforços para o bem do Internacional.

— Nós temos essa necessidade. Ninguém mais do que nós sabe que temos que produzir bem e ter bons resultados. Nós nos cobramos de forma interna, ninguém é alienado. Nós respeitamos o torcedor que também sofre com isso. Essa cobrança tem que ser por parte do técnico, por parte da direção e dos próprios jogadores para com eles mesmos.

Sobre a sua culpa pelos maus resultados

— Tenho a minha parcela de erro. É difícil pontuar exatamente se foi em uma participação ou em outra, mas tem a parte do técnico, sim.

A mudança do esquema tático, do 3-5-2 para o 4-4-2

— Eu mudei o sistema, retornei ao sistema e fui pontual na resposta: mudei porque não tinha armadores. Só um burro poderia mudar a seqüência de um time que tinha seis ou sete jogos invictos, fazendo 60% de aproveitamento, como estava no início. Eu tenho lá os meus defeitos, mas burro eu não sou. Agora que temos os mesmos jogadores, vamos voltar para aquela seqüência, tomara que com o mesmo aproveitamento.

— Eu sempre coloquei para vocês. Teve mudança porque perdeu a articulação e nós não tivemos peças de reposição. Por isso usamos três zagueiros, porque não tínhamos armadores. Eles retornaram, retorna a possibilidade daquele que foi o melhor esquema.

A substituição de Bolívar por Álvaro

Na linha de quatro ou com três zagueiros, o Bolívar rende mais pelo lado direito. No lado esquerdo, o Álvaro tem mais a especificidade, a rotina, a adaptação melhor.