| 11/09/2008 10h19min
Responsável por 15 dos 31 gols sofridos no Campeonato Brasileiro, a bola aérea é a principal preocupação do Palmeiras. Wanderley Luxemburgo tem aproveitado a concentração de seis dias em Atibaia para intensificar os treinos no fundamento. Entretanto, mesmo ainda sem evolução dentro de campo, o técnico já tem o que comemorar: o Cruzeiro, adversário de domingo no Mineirão, fez apenas cinco gols em jogadas pelo alto.
Em números, a bola aérea representou pouco mais de 13% dos gols celestes no torneio. Diante da estatística, os palmeirenses apontam o contra-ataque como principal arma mineira. Por esta razão, Martinez, rápido no desarme por baixo, foi deslocado como zagueiro. Os seis dias concentrados no interior paulista, contudo, têm sido aproveitados para coibir os lançamentos pelo alto que foram responsáveis por 48% das vezes em que Marcos teve de buscar a bola no fundo das redes. E não faltam formações para tentar anular as falhas.
Em Atibaia, os titulares têm treinado com no mínimo sete jogadores dentro da área em cobranças de falta ou escanteio dos adversários. Capitão e principal vítima dos erros, Marcos tem gritado muito com os titulares e pedindo para que os reservas imponham cada vez mais dificuldades na jogada. O goleiro ordena o posicionamento de cada um, enquanto Luxemburgo reveza os responsáveis pela marcação.
Na terça-feira, Leandro ficou na primeira trave, Elder Granja na segunda e Gustavo, Gladstone, Martinez, Sandro Silva e Diego Souza eram os encarregados de se movimentar junto com os rivais. Mais baixo, Jumar ficava na entrada da área para evitar rebotes e lançar Denílson e Lenny quando a bola fosse retomada.
Na quarta-feira, ocorreram pequenas mudanças que trouxeram mais alívio a Marcos. Como Jumar foi para a reserva, Leandro, o de menor estatura dentre os que estavam na área, substituiu a função do volante e Léo Lima, mais alto, ficou na marcação dos atacantes que se mexiam muito. Dois atletas assumiram a primeira trave: Martinez, mais encostado, e Diego Souza, mais aberto e designado para afastar de qualquer maneira também as bolas rasteiras.
Nos dois dias, os suplentes não conseguiram furar a blindagem aérea. A comemoração, no entanto, só virá com o sucesso do treino colocado em prática domingo, no Mineirão.
– Todo mundo tem um ponto fraco, e o do Palmeiras é esta jogada aérea. Treinamos todos os dias para corrigir e esperamos que as orientações do Luxemburgo dêem resultado nesta seqüência do Brasileiro – comentou Sandro Silva.
– Contra o Cruzeiro, vamos tentar ficar com a posse de bola. Os volantes e os meias deles são muito rápidos, aproveitam qualquer erro para puxar o contra-ataque. Mas estamos preparados com uma marcação forte para conseguirmos esta importante vitória fora de casa – finalizou o volante, um dos que mais deve sofrer com os velozes Ramires e Wagner.
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