Antes de ter sido expulso no Gre-Nal do último domingo, após levar um carrinho de Edinho, o meia Tcheco já havia pecado pelo excesso de nervosismo em alguns jogos do Grêmio. Na noite desta terça, ele lembrou duas situações desse tipo: a derrota para o Atlético-PR em 2007, quando brigou com o ex-colorado Claiton, e o empate em 4 a 4 com o Fluminense, no Olímpico. Mas no clássico do final de semana passado, Tcheco garante que não perdeu a cabeça.

— O meu passado neste tipo de circunstâncias não é bom. É o caso do Atlético-PR e do Fluminense, quando empatamos um jogo extraordinário. Acho que perdi a cabeça. Mas no jogo com o Inter, se coloque no meu lugar — disse o meia, que relatou a situação:

— Você já está perdendo por 4 a 1, aí vem o "caboclo" e rasga sua perna em duas partes. Qualquer ser humano que tem um pouco de hombridade e sangue na veia e está defendendo a equipe rival vai, no mínimo, tomar uma satisfação. E eu não procurei partir para a agressão tanto física quando verbal — garantiu o jogador.

Era um clássico, e o Inter vencia por uma grande diferença. Por isto, os ânimos se exaltaram ainda mais, e a "satisfação" tomada por Tcheco acabou dando início a um tumulto na área do Grêmio.

Mesmo assim, o árbitro Evandro Rogério Roman entendeu que não houve excesso por parte do jogador gremista, e, segundo o meia, disse o seguinte antes de expulsar ele e Edinho:

— Eu tenho de tomar uma atitude, senão não fica bem para mim.

A derrota para o Inter, porém, deve ficar no passado. Tcheco lamentou o quanto setembro foi difícil para o Grêmio, que não venceu nenhuma partida no mês. E lembrou que, mesmo com estas dificuldades, o time tricolor segue firme na briga pelo título do Brasileirão. Por isto, para ele, é hora de reagir:

— Encarando este jogo como uma tragédia. Não só pela derrota, mas pelo placar. Temos de encarar este fato como um marco para nós. Apesar deste mês de setembro ter sido terrível para nós em todos os sentidos, estamos junto com o Palmeiras na liderança.