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Valendo-se de soldados, tanques e helicópteros, Israel fez várias incursões-relâmpago durante essa quarta na Faixa de Gaza, matando pelo menos 11 palestinos. Fontes palestinas informaram que as mortes de três pessoas ocorreram quando uma casa caiu por causa da explosão provocada pelos soldados em duas oficinas vizinhas, supostamente usadas na produção de munição para os separatistas. O comandante israelense em Gaza, o coronel Imad Faris, entretanto, apresentou outra versão:
– Sabemos que dez palestinos armados foram mortos por disparos precisos. Quando usamos explosivos, garantimos que os prédios vizinhos sejam esvaziados. A chance de que houvesse gente nesses prédios não existe – garantiu.
As ações da madrugada complicam ainda mais a negociação em torno de um cessar-fogo. Elas são retaliação a uma emboscada, ocorrida no sábado, que matou quatro soldados no norte da Faixa de Gaza. Um dos momentos mais tensos da noite foi a invasão de Tufah, distrito da região central de Gaza e reduto dos militantes da facção Fatah, onde os tanques israelenses enfrentaram resistência. Nessa região, sete pessoas morreram: os três moradores soterrados nas casas, dois atiradores, um policial e um enfermeiro.
Outras três mortes ocorreram no bombardeio contra uma instalação militar no norte de Gaza, para evitar que militantes islâmicos usem o local para disparar foguetes contra Israel. Também houve combates em Shijaia, um bairro da cidade de Gaza conhecido como reduto dos militantes islâmicos. Lá, homens encapuzados, com roupas camufladas, usaram rifles e bombas caseiras contra os israelenses.
Testemunhas disseram que um deles, usando um cinturão explosivo, se jogou contra os tanques gritando "Allahu Akbar'' (Deus é grande). Os disparos dos soldados provocaram a explosão que o matou.
No total, segundo os hospitais, a madrugada deixou 27 palestinos feridos.
Segundo Israel, essa ação foi necessária para evitar atentados. Falando à Rádio do Exército, o ministro da Defesa, Shaul Mofaz, afirmou que Israel está se esforçando para permitir que os palestinos ``não envolvidos com o terrorismo'' mantenham suas vidas normais.
O ministro palestino Ghassan Al Khatib disse que a ação militar israelense vai prejudicar a atual iniciativa do quarteto de negociadores (Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU) e o diálogo entre as várias facções palestinas. Segundo Al Khatib, Israel quer "atacar os palestinos de forma ainda mais dura na medida em que se aproxima uma guerra no Iraque''. Representantes do quarteto receberam nessa terça, em Londres, delegações de ambas as partes para discutir a trégua.
A atual fase do conflito começou em setembro de 2000, com a paralisação das negociações de paz. Desde então, já foram mortos pelo menos 1.850 palestinos e 705 israelenses.
As informações são da agência Reuters.
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