| 08/10/2008 11h51min
A discussão sobre o alto custo da Fórmula-1 está de volta e quem tocou no assunto nesta quarta-feira foi o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley. O britânico assegurou que a categoria entrará em sérias dificuldades se não reduzir drasticamente os gastos até a temporada 2010.
Bastante preocupado, Mosley falou sobre as tentativas fracassadas da recém-formada Associação de Times da Fórmula-1 em tentar chegar a um acordo para que os custos no esporte fossem reduzidos de forma significativa. Sem querer citar nomes, o dirigente revelou à BBC que três das atuais equipes que formam a categoria podem vir à falência se fortes medidas não forem tomadas.
– Tem se tornado aparente que, dadas as dificuldades econômicas de hoje, a Fórmula-1 será insustentável em um futuro próximo – disse o britânico, que deve se desligar da FIA em outubro de 2009.
– Todos sabem que uma escuderia da parte de trás do grid não pode gastar mais que – incluindo o dinheiro recebido de Bernie (Ecclestone) – € 40 milhões (R$ 119 mi). Para competir, elas precisariam de duas ou três vezes mais do que isso e, mesmo assim, ainda correm o risco de ficar lá atrás – salientou.
Desse modo, o dirigente afirmou que a Fórmula-1 hoje depende da inserção de empresários milionários.
– Você não pode manter um negócio em que os gastos superam os recursos por duas ou três vezes. Não por muito tempo. Neste momento há a dependência dos milionários – ou bilionários – subsidiando as equipes, pessoas como Vijay Mallya na Force India ou Dietrich Mateschitz na Red Bull – observou.
GAZETA PRESS
Mosley: Você não pode manter um negócio em que os gastos superam os recursos por duas ou três vezes
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AP
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