Está marcado para as 18h desta quinta o julgamento de Clemer e do árbitro Leandro Vuaden. Clemer é acusado de ter dado um empurrão no juiz durante a partida Inter e Juventude, no dia 3 de fevereiro. O árbitro foi denunciado por haver punido o jogador apenas com cartão amarelo, sem não relatar o incidente na súmula. A denúncia foi feita pelo procurador da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Fábio Barrichello, com base nas imagens da televisão.

Barrichello também denunciou Danrlei por empurrar e dar uma cabeçada no árbitro reserva Márcio Tofanello, durante o Gre-Nal. Tofanello é acusado de não ter relatado o incidente ao juiz Alexandre Barreto. Este, por sua vez, nada citou na súmula do clássico. O julgamento de Danrlei e dos dois árbitros está marcado para as 17h de sexta-feira.

O departamento jurídico do Inter passou a tarde de quarta planejando as estratégias de defesa de Clemer. O goleiro não estará presente ao julgamento, e a sustentação será feita apenas com a presença de um dos advogados do clube. Eles tentarão desqualificar as denúncias. Clemer foi enquadrado no artigo 228 (agressão, pena de 60 a 360 dias de suspensão).

– Não houve agressão do Clemer ao juiz, um fato que o próprio árbitro já reconheceu publicamente – explicou Luiz Antônio Lopes, vice jurídico do Inter.

Os advogados do Sindicato dos Árbitros, que representam Vuaden, Tofanello e Barreto, vão usar os mesmos argumentos do Inter na defesa de Clemer: dirão que o árbitro não relatou o empurrão sofrido porque não considerou a atitude do goleiro uma agressão.

O caso de Danrlei é mais complicado. O goleiro gremista acusa o auxiliar Tofanello de havê-lo provocado e ameaçado durante o Gre-Nal. Barreto eTofanello podem pegar de 30 a 120 dias por terem omitido ou dificultado a punição do suposto infrator ao relatar a súmula de forma equivocada. Danrlei também responderá por agressão e corre o risco de pegar suspensão de 60 até um ano.