| 10/10/2008 18h54min
Depois de um estudo feito em estádios brasileiros, o Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) tem percorrido capitais do país a fim de provocar os governos para a criação do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) da Copa do Mundo de 2014. Nesta sexta-feira, foi a vez de Porto Alegre, em evento da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul.
O presidente do Inter, Vitorio Piffero, e o vice-presidente do Grêmio, Eduardo Antonini, apresentaram os respectivos projetos de reforma e construção, no caso do Grêmio, e garantiram que os estádios estariam prontos a tempo da Copa. No entanto, a Fifa deve escolher apenas um para receber jogos. Bernasconi acredita que a criação do Pac da Copa deve se concretizar após a escolha das cidades sedes, pela Fifa, em março.
Segundo a Sinaenco, serão necessários pelo menos R$ 40 bilhões para adequar o Brasil a receber a Copa. O investimento passa por áreas como mobilidade urbana, aeroportos, segurança pública e infra-estrutura
em geral das cidades.
Segundo o presidente da entidade, José Roberto Bernasconi, os estádios consumiriam em torno de 10 a 15% dos R$ 40 bi e, assim, o grande desafio é mesmo a infra-estrutura necessária para receber um evento como a Copa.
O Engenhão, no Rio, foi citado como exemplo do que não deve ser feito, já que a construção do estádio no bairro Engenho de Dentro não trouxe melhorias para o local, principalmente em relação ao acesso ao estádio.
— Diversos setores no Brasil devem enxergar a Copa como uma excelente oportunidade — avaliou Bernasconi, apontando marcas coreanas que se valeram da publicidade intensa durante a Copa de 2002 para se promoverem mundialmente.
O levantamento da situação dos estádios feito pela Sinaenco, ano passado, revelou a precariedade e apontou como o pior a Fonte Nova, em Salvador. Quinze dias depois, o desabamento de parte da arquibancada matou sete pessoas durante um jogo do Bahia. No estudo, Olímpico e Beira-Rio — visitado mais tarde —
também são classificados como fora
dos padrões Fifa.
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