| 11/10/2008 15h15min
Na segunda posição na tabela das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010, a seleção brasileira enfrenta a Venezuela neste domingo, às 17h, em San Cristóbal. O adversário jogará motivado pela primeira vitória sobre o Brasil no amistoso disputado em junho, em Boston (EUA). Os 40 mil ingressos para a partida foram vendidos.
O técnico Dunga pede respeito aos venezuelanos, mas lembra que a seleção brasileira é superior ao rival, conforme o site Globoesporte.com.
- A Venezuela foi bem na Copa América e tem mostrado o seu valor. Cresceu, tem vários jogadores atuando fora do país. Temos que respeitar todos. Quem faz um jogo ser fácil ou difícil somos nós. Vamos nos concentrar, tentar fazer o melhor - afirma.
O tom das declarações dos jogadores brasileiros durante a preparação na Granja Comary, em Teresópolis, mostrou bem a mudança de pensamento em relação ao adversário. Kaká foi o primeiro a lembrar que a
Venezuela não era "um saco de pancadas". O
goleiro Julio Cesar não cansou de repetir que não existe mais "bobo no futebol". Já o volante Josué pediu atenção à seleção em campo.
- A Venezuela cresceu muito nos últimos anos e virou uma seleção muito competitiva. E jogando em casa vai impor um ritmo e tentar assustar a nossa equipe. Vamos com muito respeito e com muita cautela, mas sabendo que só a vitória nos interessa - disse o volante.
O Brasil leva grande vantagem em confrontos com a Venezuela. A seleção brasileira venceu 17 dos 18 jogos que disputou contra o rival sul-americano e sofreu apenas uma derrota, no último confronto, no dia 6 de junho, quando perdeu por 2 a 0. E foi justamente este tropeço que iniciou um momento delicado da seleção de Dunga, que passou a receber muitas críticas e chegou a cair para o quinto lugar nas eliminatórias.
A pressão diminuiu após a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, em Santiago, no mês passado. Mas o empate sem gols com a Bolívia, em seguida, no Rio de
Janeiro, voltou a gerar muitas vaias
dos torcedores. Por isso, um novo tropeço neste domingo contra a Venezuela pode deixar o clima novamente pesado.
- A pressão sempre existe na seleção brasileira. Desde que eu me conheço é assim. Nunca foi diferente. Quando se ganha tem menos, quando se perde há mais problemas. Tem que saber administrar, saber o que está fazendo e ter coerência naquilo que faz. O ambiente na seleção é bom. Isso dá tranqüilidade. Os jogadores entendem como trabalhamos. Temos que continuar o trabalho não nos importando com o que se fala, com o que se diga. O importante é a gente saber o que está fazendo aqui dentro.
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