A diretoria do Santos, clube formador de Robinho, mandou um advogado do clube atrás do jogador, na concentração da Seleção Brasileira, no Rio de Janeiro, nesta semana, para que o avante assinasse um documento atestando seu vínculo ao time da Vila Belmiro quando ele jogava na categoria sub-13. O objetivo era fornecer à Fifa uma prova de que Robinho estava no Santos até os 14 anos, o que caracteriza nas leis da entidade máxima do futebol mundial a equipe como formadora do jogador. Os documentos já foram enviados à Fifa.

A transação de Robinho, que trocou o Real Madrid pelo Manchester City, foi selada por € 42 milhões (R$ 122 milhões), sendo que cerca de 4,5% do valor devem ser repassado ao Santos, conforme prevê o mecanismo de solidariedade. Os santistas têm direito de receber R$ 5 milhões.

No entanto, a Fifa havia questionado o período exato em que ele esteve na Vila Belmiro. Apesar de a entidade reconhecer o Santos como formador majoritário de Robinho, havia considerado insuficiente as provas documentais apresentadas pelo clube para certificar o registro do atacante nos seus primeiros anos no Santos, o que diminuiria o percentual de participação.

A assinatura de Robinho era considerada fundamental para resolver o imbróglio. O atleta do Manchester City assinou os documentos solicitados pelo advogado do Santos, que já foram encaminhados à Fifa, confirmando assim que o Peixe é detentor de 4,5% da negociação do atacante para o futebol inglês. O Real Madrid fica com outros 0,5% destinados a equipe formadora do jogador, pois passou a contar com o brasileiro quando ele tinha 21 anos e oito meses.

A expectativa da diretoria santista é de que esta soma entre nos cofres do clube em novembro. A alta do dólar também foi comemorada pela cúpula alvinegra, tendo em vista que os valores a serem repassados aos times formadores geralmente estão atrelados à moeda norte-americana.