| 20/10/2008 03h50min
Um detalhado relatório sobre o Boca chega hoje às mãos do técnico Tite. Ele foi providenciado pelo auxiliar técnico Guto Ferreira, que assistiu ontem à vitória de 1 a 0 sobre o River Plate, no Monumental de Nuñez, a casa do rival.
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A viagem de Guto foi o ponto de partida da “Operação Boca Juniors”, deflagrada pelo Inter após o jogo de sábado, contra o Atlético-PR. Além de observar o jogo, o auxiliar tinha como missão descobrir se o time argentino usará sua força máxima no jogo de quarta-feira, no Beira-Rio.
Mais interessado em reabilitar-se no Torneio Apertura (o campeonato
argentino do segundo semestre), o Boca, até agora, usou time misto na Sul-Americana.
O que não o impediu de despachar com um 4 a 0 a LDU, campeã da América.
Mais especificamente, interessa ao Inter saber se Riquelme, cérebro do Boca, estará em campo. No Beira-Rio, só se fala no meia. Na semana passada, ele protagonizou um bate-boca, via imprensa, com o companheiro Cáceres, que o acusou de ser egocêntrico e displicente.
O zagueiro Índio admite que Riquelme faz a diferença. Para Edinho, será fundamental não oferecer espaços e evitar faltas perto da área. O volante Magrão vai além:
— Ele tem o tamanho de zagueiro e a habilidade de um meia franzino.
Magrão enfrentou Riquelme em 2001, pelo Palmeiras. Treinado por Celso Roth, o time caiu para o Boca na semifinal daquela Libertadores.
Os argentinos levaram a melhor, mas o volante guarda boas lembranças dos jogos. Sobretudo do segundo, disputado na Bombonera, quando fez passe para um gol de Alex.
— Naquela época, Riquelme
estava voando — recorda Magrão.
Para Tite, o Boca teve o melhor
desempenho na última Libertadores, apesar de ter sido eliminado pelo Fluminense na semifinal:
— Sem demérito ao Fluminense, mas foi o Boca foi quem jogou mais. Teremos contra eles 180 minutos de um enfrentamento de altíssimo nível.
Para que o Inter possa ensaiar formas de “encaixar a marcação” ao Boca, como diz o auxiliar Cléber Xavier, o treino de amanhã será fechado.
— O time deles é frio, catimba muito. O D’Alessandro diz que é preciso respeitar, mas não ter medo — avisa Edinho.
O jogo entre Inter e Boca Juniors pela Copa Sul-Americana será nesta quarta-feira, às 22h05min.
Riquelme (em lance com Fernandez, do River) preocupa os marcadores do Inter e merecerá atenção especial na partida de quarta-feira à noite, no Beira Rio
Foto:
Daniel Luna
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