Cerca de 10 mil torcedores alvinegros esperaram 95 minutos para ver um atacante sair do banco de reservas e decretar o único resultado justo para o notável duelo entre os líderes Figueirense e Criciúma, nesta quarta, dia 26, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

O empate em 1 a 1 brindou o encontro das duas equipes mais qualificadas de Santa Catarina e levou para a última rodada a definição do primeiro lugar na fase de classificação do Estadual.

O campeonato era o Catarinense, mas em alguns momentos as duas equipes mostraram futebol de Série A. Pela organização tática dos dois times, pela pegada, pela qualidade dos jogadores. Em 10 minutos, o Figueirense já tinha criado três oportunidades. O Criciúma respondeu rápido.

Aos 13 minutos, Paulo Baier avançou na diagonal pelo meio-campo e tocou para Luciano Almeida lançar o atacante Tico nas costas do lateral Paulo Sérgio. Tico dominou, invadiu a área, driblou Márcio Goiano e chutou entre as pernas do goleiro Édson Bastos.

O gol mostrou que marcar Paulo Baier era imperativo para o Figueirense. Filipe tentou dar conta do recado, mas abriu espaço no flanco esquerdo da defesa alvinegra. Foi por ali que Dejair penetrou aos 20 minutos, driblou Marcinho e foi derrubado na área. Pênalti que Delmer cobrou e Édson Bastos defendeu.

Depois disso, o Figueira acordou do transe em que havia se metido depois do gol do adversário e logo na seqüência do lance foi a vez do goleiro Fabiano praticar mais uma das muitas defesas salvadoras que faria no primeiro tempo.

Na etapa final, com um jogador expulso para cada lado (Léo Mineiro e Paulo Sérgio, além do técnico do Criciúma, Abel Ribeiro), o jogo ficou aberto e o volante Luciano Sorriso levou o alvinegro ao ataque.

Foram várias oportunidades criadas, poucas aproveitadas. Até que Mendes saiu do banco de reservas para macular a excelente apresentação do goleiro Fabiano até então. Em uma cobrança de escanteio, Mendes subiu mais alto que o goleiro do Tigre e empatou o jogo, fazendo justiça a um duelo digno do futebol brasileiro.

LUCIANO SMANIOTO / DIÁRIO CATARINENSE