| 30/10/2008 04h50min
Pouco antes do treino de terça-feira, ainda no vestiário, antes mesmo de se fardar o atacante Adriano foi chamado a um canto pelo vice de futebol, Giovanni Luigi. Recebeu ali o aviso seco: vai treinar em separado do grupo principal, até o final do ano. A razão do castigo é a suspeita de uma “noitada” que o jogador realizou no domingo.
Até uma rescisão de contrato não está descartada.
A explicação de Luigi para o castigo reforça a versão de que o afastamento de Adriano tem a ver com problemas extra-campo.
— Havia um acordo com o clube e ele não cumpriu — resume o dirigente, sem dar detalhes.
Na início da manhã de 24 de novembro de 2007, um sábado, véspera de Inter e Palmeiras, no Beira-Rio, o atacante bateu o carro na zona sul da Capital. Alegou que estava indo buscar um amigo no Aeroporto Salgado Filho quando aconteceu o acidente. Desculpou-se com a direção. Depois, admitiu ter tido problemas de conduta
este ano. Com o nascimento do filho, o jogador
prometeu vida nova, disse que estava reabilitado e que não cometeria novos deslizes fora de campo.
Mas agora ele teria sido visto em casa noturna na Avenida Cristiano Fischer no domingo, um dia depois do 2 a 2 com o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Foi justamente o jogo em que Adriano perdeu um gol dentro da pequena área, aos 45 minutos do segundo tempo.
Outra pista que reforça a hipótese da noitada partiu do próprio Luigi. Segundo ele, a punição nada tem a ver com o desempenho técnico.
Ontem, em casa, Adriano disse ter a “consciência tranqüila”, mas não negou as especulações. Afirmou não estar autorizado pelo clube para falar sobre o assunto:
— Não quero comentar. Porque, assim, eu falaria uma coisa, e a diretoria, outra. Então, vamos deixar assim. Segunda-feira vou treinar e esperar a decisão deles.
De contrato até dezembro de 2011, Adriano será negociado no final do ano.
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