| 07/11/2008 19h13min
Enquanto o delegado da Polícia Federal (PF), Protógenes Queiroz, ex-coordenador da Operação Satiagraha — durante a qual banqueiro Daniel Dantas foi preso duas vezes — enxerga o dedo do empresário nas buscas e apreensões realizadas esta semana pela Corregedoria-Geral da PF em suas casas, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse, nesta sexta-feira, que o órgão apenas cumpriu uma determinação judicial.
— Foi o cumprimento de uma decisão judicial como é feito em dezenas de processos. Quando se questiona a respeito de uma diligência, tem que se questionar, na verdade, a ordem judicial que está sendo dada. A Polícia Federal é instrumento do cumprimento dessa ordem — afirmou Tarso.
O ministro ressaltou que o delegado não deveria temer a investigação da Corregedoria sobre o vazamento de informações da Operação Satiagraha para a imprensa.
— Se o delegado Protógenes não tiver nenhuma conta a saldar do ponto de vista legal, ele vai sair inclusive homenageado
deste processo. Mas temos que
aguardar, o inquérito tem que sair. Porque onde há notícia de irregularidade, tem que ter a atuação do corregedor — argumentou.
Ao criticar a exposição indevida das pessoas presas na Operação Satiagraha, o ministro da Justiça sustentou que a PF vai continuar combatendo a corrupção não como uma cruzada, mas dentro da lei e da ordem, preservando a integridade das pessoas.
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