Foram oito vitórias ao longo de 34 rodadas. Faltando apenas quatro jogos para o encerramento da Série A, o Figueirense precisa vencer três partidas para se garantir na elite do futebol brasileiro em 2009. Isto significa um aproveitamento de 75%, maior que o dobro do que o Figueira conseguiu até agora — 34%. Em seu caminho, São Paulo, Náutico, Botafogo e Inter. Fica difícil prever, porém, se a possibilidade de vitória é maior para os jogos em casa ou como time visitante.

Ao longo do campeonato, foram três vitórias como convidado e outras cinco como mandante. Neste segundo turno, uma no Scarpelli (contra a Portuguesa, na estréia) e outra fora dos seus domínios, sobre o Vasco, em São Januário. O fator casa ajuda o Figueirense? Para Cleiton Xavier, o que complica é "a necessidade de vitória dentro de casa".

— As equipes vêm bem fechadas e somos surpreendidos no contra-ataque. Aí fica difícil entrar na defesa deles — explicou.

Mas será que ainda adianta explicar? Diretamente relacionada à matemática, está a descrença da torcida. O grupo sequer pede mais paciência aos seus aficcionados. No entanto, para o capitão, os jogadores sofrem ainda mais do que os torcedores.

— A equipe não vem fazendo a sua parte dentro de campo, é normal a torcida cobrar. A gente também se cobra dentro de campo e sofre ainda mais do que o torcedor — afirmou Cleiton Xavier.
 
Não foi à toa que, após a derrota diante do Atlético-PR no último sábado, lamúrias e lágrimas foram vistas no vestiário, segundo confirmou o técnico Mário Sérgio. Em comum com as declarações do comandante, o capitão alvinegro admitiu: só depende do próprio grupo sair desta situação — a de vice-lanterna da competição.

— Só depende da gente — concluiu, quando perguntado sobre as chances do Figueirense se manter na Série A.

Após dois dias de folga, o Figueirense se reapresenta nesta terça, dia 11, no Centro de Formação e Treinamento para iniciar a preparação para a partida contra o São Paulo, no próximo domingo, às 17h, no estádio do Morumbi, em São Paulo.