A partir das 8 horas desta quarta, o Expocentro Edmundo Doubrawa, anexo ao Centreventos Cau Hansen, estará ocupado por toneladas de alimentos, roupas e materiais de higiene e limpeza doados por quem se solidarizou com o drama vivido pelas milhares de famílias desabrigadas e desalojadas desde sábado.

O local vai sediar a Central Solidária, com funcionamento diário até a próxima terça-feira, das 8 às 22 horas. A iniciativa privada, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) e a Associação Joinvilense de Obras Sociais (Ajos) vão conduzir o projeto.

O objetivo é centralizar as doações, que vêm de todas as partes. Segundo o empresário Adriano Silva, que assumiu a coordenação geral, muitas pessoas não sabiam para onde enviar os donativos.

Alguns encaminhavam para o Corpo de Bombeiros, outros para a Defesa Civil e outros, ainda, para a Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Estes locais estavam com os espaços tomados. Além disso, a ausência de um posto único poderia prejudicar a distribuição.

A parceria entre a empresas, o poder público, entidades e Organizações Não-governamentais (ONGs) formou uma grande rede de solidariedade, em que cada um assumiu uma função.

Enquanto o empresário coordena as atividades e busca meios logísticos para fazer a distribuição do material, a Ajos fica responsável pela coleta dos donativos e a SAS e a Defesa Civil pelo cadastro das famílias e fornecimento do que foi recebido. Até ontem, havia cerca de 400 pessoas cadastradas.

Além da Central Solidária, Joinville conta com uma série de postos de arrecadação espalhados por universidades, empresas, fundações e igrejas. As pessoas que não puderem levar as doações até o expocentro poderão entregar nos postos de arrecadação (veja ao lado). Mas a preferência é deixar no expocentro.

Nesta terça, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus tinha cerca de 14 toneladas de roupas e alimentos. Todo esse material será encaminhado hoje para o expocentro.