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A dois dias do Dia Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nessa quinta um relatório sobre as condições da mulher no mundo. Passado mais de um ano da queda do regime fundamentalista do Talibã, em várias partes do Afeganistão, discriminação e intimidação ainda foram observadas. O estudo, apesar de apontar avanços na situação feminina, afirma que a participação completa e equilibrada das mulheres na sociedade ainda é uma meta distante.
– Apesar de avanços com relação aos direitos da mulher, a intimidação e a violência por parte de comandantes locais e regionais continua. Sabe-se que as mulheres restringem sua participação na vida pública a fim de evitar serem alvo de facções armadas e de elementos que querem cumprir as leis repressivas do regime anterior – revela o documento da ONU. O relatório, intitulado "A Situação das Mulheres e Meninas no Afeganistão'', será apresentado na sede da ONU, em Nova York, durante o ciclo de debates sobre a questão feminina no mundo, que vai até dia 14.
Sob o regime Taliban, as mulheres eram proibidas de receber educação e trabalhar fora de casa. Elas também eram obrigadas a usar a burca, uma vestimenta que veda todo o corpo e o rosto. Desde que o regime foi deposto, as mulheres passaram a ter acesso a várias instituições importantes do governo, mas, segundo a análise da ONU, ainda há muitos obstáculos.
Mesmo em Cabul, cidade relativamente liberal, muitas mulheres ainda usam a burca, mesmo sem haver exigência formal nesse sentido. No ano passado, cerca de 10 escolas femininas foram depredadas em várias partes do país.
As informações são da agência Reuters.
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