Em uma partida eletrizante no segundo tempo, o Figueirense derrotou o Botafogo por 3 a 1 neste domingo, dia 30, no Rio, e segue na luta pela permanência na Série A em 2009. Apesar do ótimo resultado fora de casa, o alvinegro ainda está na zona de rebaixamento, na 17ª colocação, com 41 pontos, e chega à última rodada do Brasileirão precisando vencer e também torcer por tropeços do Atlético-PR (16º, com 42 pontos) ou do Náutico (15º, com 43).

Em seu último compromisso no campeonato deste ano, o Figueirense vai enfrentar o Inter, no próximo domingo, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Além de vencer o Colorado, o alvinegro terá que secar o Timbu – que joga na Vila, diante do Santos – e o Furacão da Baixada, que recebe o Flamengo, em Curitiba.

Gols só no segundo tempo

Depois de um primeiro tempo de domínio do Botafogo, o Figueirense se superou na etapa final. Foram dois gols em seqüência: Diogo, aos oito minutos, e Jairo, aos 11. Alexsandro diminuiu aos 22 e Tadeu deu números finais ao marcador, aos 35 minutos.

O jogo no Engenhão

O torcedor do Figueirense sofreu bastante com a atuação do time na primeira etapa do confronto no Engenhão. O time catarinense se concentrou mais nos contra-ataques e só conseguiu chutar a primeira bola a gol aos 23 minutos. Já pelo lado do Fogão, os jogadores mostraram bastante disposição para um jogo que não valia nada para a equipe do Rio.

Logo aos cinco minutos, Jorge Henrique chegou com perigo dentro da grande área e mandou por cima da meta de Wilson. Quatro minutos depois, o goleiro fez uma excelente defesa após um chute à queima-roupa do argentino Zárate.

Resistindo à pressão do Botafogo, o Figueira só deu seu primeiro chute à gol aos 23 minutos, numa bola de Marquinho, defendida por Renan.

Bola na trave

Quatro minutos depois, o Fogão acertou uma bola na trave. Após cobrança de falta de Lúcio Flávio, Zárate cabeceou de costas e acertou o travessão. Aos 33, o argentino voltou a infernizar a zaga do Figueira e apareceu como elemento surpresa na pequena área para chutar à direita de Wilson. Na seqüência, aos 36, o arqueiro do Furacão barrou um chute forte de Diguinho.

Somente no finalzinho, aos 39, o Figueira voltou a atacar com força. Depois da cobrança de escanteio de Cleiton Xavier, o zagueiro Alex cruzou da direita, mas Rafael Coelho dominou mal e bateu muito longe de meta do Fogão.

Quando o primeiro tempo estava para acabar, aos 44, o time carioca voltou a assustar. Zárate, ele de novo, ficou no mano a mano com Wilson e permitiu que o goleiro fizesse o desarme no chão.

Pintado mexe certo

Na volta para o segundo tempo, o técnico Pintado surpreendeu com uma modificação que foi fundamental para a vitória do Figueira. Ele sacou o atacante Rafael Coelho para a entrada do meia Jairo. Assim que entrou em campo, Jairo mostrou muita iniciativa e avançou com velocidade para dentro da área. Em uma jogada pelo lado direito, Jairo sofreu um choque com um jogador adversário, em um lance duvidoso, mas que não teve nenhuma marcação do árbitro Sálvio Spinola.

Porém, logo na seqüência, o Figueira mostrou que a conversa no vestiário surtiu efeito. Após cobrança de escanteio, Jairo tocou para Marquinho, que cruzou para Diogo mandar de carrinho: 1 a 0.

Gol de Jairo

O Botafogo nem teve tempo de se recompor em campo e levou o segundo gol três minutos depois. O meia Jairo aproveitou um rebote de uma bola de Tadeu no travessão e fuzilou: 2 a 0.

Vaiado pela pequena torcida que compareceu ao Engenhão, o Botafogo diminuiu com oportunista Alexsandro, aos 22 minutos, que não desperdiçou a sobra de um chute de Zárate.

Tadeu deixou o seu

O gol do alívio alvinegro veio aos 35 minutos. Marquinho ajeitou na medida para Tadeu, que pegou na veia e soltou uma bomba, marcando o terceiro do Figueira para a alegria dos cerca de 300 torcedores do clube que foram ao Rio de Janeiro.
 
Quando o jogo já estava nos minutos finais, o Figueira ainda poderia ter feito o quarto em um belo lance de Marquinho. Aos 40 minutos, o prata da casa driblou o goleiro, porém demorou para finalizar e mandou à esquerda de Renan.