A derrota para o Figueirense por 3 a 1, ontem, no Orlando Scarpelli, foi uma síntese do Inter no Brasileirão. Com raras vitórias fora de casa, o time do técnico Tite terminou em 6º lugar, com 54 pontos, distante 11 pontos do G-4. Agora, resta esperar a difícil indicação da Fifa à Libertadores como campeão da Copa Sul-Americana, em uma das três vagas abertas com a desfiliação do Peru.

O Instituto Peruano do Desporto (IPD), órgão estatal presidido por Arturo Woodman, não reconhece a autoridade de Manuel Burga como titular da federação nacional, em razão de supostas irregularidades. Como a Fifa apóia Burga e não aceita ingerência de governos em sua área de atuação, estabeleceu prazo para as entidades em litígio se acertarem. Tudo será decidido nos dias 19 e 20 de dezembro, quando o comitê executivo da Fifa se reúne no Japão. Se não houver acordo, o país perderá as três vagas na Libertadores.

Ontem, no Orlando Scarpelli, um Inter com apenas quatro titulares (Lauro, Álvaro, Bolívar e Guiñazu) fez um bom primeiro tempo, se aproveitando do nervosismo do Figueirense. Aos 35 minutos do primeiro tempo, após cobrança de falta, Gustavo Nery cabeceou, o goleiro defendeu e Talles Cunha apanhou o rebote: 1 a 0. No segundo tempo, o Figueirense cresceu e virou o jogo, gols de Rafael Costa, Marquinho e o Cleiton Xavier.

— Estou satisfeito. O Inter abriu as portas para mim e retribuí com um título sul-americano. Quando assumi, o time estava na zona de rebaixamento. Eram só quatro rodadas, mas vai ver o peso disso — afirmou o técnico Tite, que só não permanece em 2009 caso o candidato da oposição, Cláudio Bier, vença as eleições do próximo sábado.