Principal atleta da história do tênis feminino brasileiro, Maria Esther Bueno recebeu, nesta segunda-feira, mais uma homenagem em São Paulo. Desta vez, a ex-atleta foi uma das 27 personalidades do esporte paulista a inaugurar o Bosque da Fama, no Parque das Bicicletas. Antes de plantar sua árvore próxima à de Pelé, ela se mostrou satisfeita com o prêmio e disse que nenhuma atleta do país chegou perto dos seus feitos.

– É muito bom ser lembrada, e é até bom que haja esse reconhecimento – iniciou Esther, que começou a jogar tênis em 1950, construindo uma carreira de mais de 20 anos. No Bosque da Fama, ela plantou um pau-cigarra, espécie de árvore predominante da mata pluvial atlântica.

– No tênis brasileiro, ninguém chegou nem perto de mim. Afinal, são 20 torneios Grand Slams que eu conquistei – complementou a ex-tenista, atualmente com 69 anos. Em sua carreira, a tenista nascida em São Paulo conquistou sete vezes em simples (tricampeonato de Wimbledon e tetra do Aberto dos Estados Unidos), 12 em duplas (cinco vezes na Inglaterra, outras cinco no torneio norte-americano e uma conquista cada em Roland Garros e no Aberto da Austrália), e uma em duplas mistas (na França).

Maria Esther Bueno ainda se tornou a primeira tenista da história a conquistar o Grand Slam em duplas femininas (os quatro principais torneios da temporada na mesma temporada), em 1960. O feito da brasileira só foi repetido 24 anos depois, pela tcheca naturalizada norte-americana Martina Navratilova, em 1984.

– Essas conquistas são para sempre. Coloquei o Brasil no mapa em se tratando de esportes – complementou a Bueno, eleita a melhor tenista sul-americana do século 20.

– Esta homenagem é mais uma chance de cultuar a memória de todos que fizemos muito sacrifício em nossas carreiras – concluiu.

Essa foi a quinta homenagem a Maria Esther Bueno na cidade de São Paulo. Além de sua árvore no Bosque da Fama, a maior tenista da história do Brasil, dona de quase 600 títulos em sua carreira, ganhou mais três estátuas em seu nome.