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Escrevendo mais um capítulo da história de tensão observada nos últimos cinco meses, a Coréia do Norte, pela segunda vez, disparou um míssil sobre o mar do Japão. O objetivo da manobra comunista realizada nesta segunda, dia 10, é tentar convencer os Estados Unidos a negociarem um acordo de não-agressão.
A Casa Branca, que tenta evitar que a crise norte-coreana se acirre simultaneamente à questão do Iraque, já havia previsto o lançamento, e minimizou sua importância. A Coréia do Sul reagiu da mesma forma.
O míssil percorreu 110 quilômetros no teste. Há duas semanas, na mesma região, os norte-coreanos haviam supostamente testado uma versão do míssil chinês Silkworm.
O Japão disse que, por não se tratar de um míssil balístico, o teste não preocupa o país. Entretanto, o governo japonês não escondeu a insatisfação com a atitude da Coréia do Norte:
– Não achamos que isso seja muito favorável, dada a situação já instável criada pelo desenvolvimento nuclear da Coréia do Norte – declarou um porta-voz.
A atual crise teve início em outubro. Naquele mês, os norte-coreanos admitiram suas intenções nucleares aos EUA. Desde então, o regime comunista já abandonou um tratado internacional de não-proliferação nuclear, expulsou inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) e anunciou a reabertura de um reator capaz de enriquecer plutônio para uso em bombas.
O lançamento do novo míssil abalou os mercados sul-coreanos, preocupados com os efeitos de uma possível guerra no Iraque. O importante instituto Keri previu que, em decorrência dos problemas políticos mundiais, o crescimento sul-coreano em 2003 pode ser de apenas 1,4% – bem abaixo dos 6,2% estimados para 2002.
O míssil anterior havia sido testado no dia da posse do presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun. Poucos dias depois, aviões do paísdo norte interceptaram jatos dos Estados Unidos de espionagem em espaço aéreo internacional, fato que agravou a tensão.
Roh, o novo presidente do Sul, vem evitando críticas à Coréia do Norte. Em editorial na edição desta segunda, o jornal Korea Times o criticou por supostamente menosprezar a ameaça nuclear do vizinho do Norte.
As informações são da agência Reuters.
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