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 | 12/03/2003 08h09min

EUA voltam atrás e valorizam participação da Grã-Bretanha na guerra

Depois de incendiar os ânimos das autoridades britânicas, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, recuou da possibilidade de atacar o Iraque sem o apoio da Grã-Bretanha. Inicialmente, Rumsfeld, havia dito nessa terça que, em decorrência da pressão política sobre o primeiro-ministro Tony Blair, o presidente George W. Bush poderia decidir pela ação militar solitária:

– Acho que até que saibamos como será a resolução (da Organização das Nações Unidas), não saberemos qual a resposta sobre o papel deles. Na medida em que eles possam participar, caso o presidente decida usar a força, logicamente eles seriam bem-vindos. Na medida em que não possam, há alguns desvios e eles não estariam envolvidos, ao menos nesta fase. É uma questão que o presidente vai tratar nos próximos dias – afirmou.

Quatro horas dos anúncios, o secretário norte-americano divulgou um comunicado de dois parágrafos dizendo-se confiante na participação da Grã-Bretanha numa eventual guerra:

– Temos todas as razões para crer que haverá uma contribuição militar significativa do Reino Unido. Na minha entrevista coletiva de hoje, eu estava simplesmente dizendo que obter uma segunda resolução do Conselho de Segurança da ONU é importante para o Reino Unido e estamos trabalhando por isso – amenizou.

Em Londres, uma assessora de Blair minimizou os comentários e disse que houve várias consultas telefônicas entre o governo e Rumsfeld, mas não informou quando:

– Nada mudou. Estamos trabalhando por uma segunda resolução. Ainda não estamos no estágio da ação militar.

A Grã-Bretanha vem se empenhando cada vez mais na busca por uma nova resolução, que dará um prazo para que o regime iraquiano entregue as armas de destruição em massa que nega possuir. Rumsfeld disse que, além da participação britânica na guerra, está em jogo também o papel da Grã-Bretanha na reconstrução do Iraque. Londres destinou até agora 42 mil soldados para um eventual conflito, mas por enquanto só 25 mil estão na região do Golfo Pérsico.

As informações são da agência Reuters.

 
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