| 18/12/2008 05h37min
Amanhã será assinado o contrato para a construção da Arena no lugar do Olímpico, faltam detalhes, nenhum decisivo. As decisões foram votadas e aprovadas na reunião da terça-feira. O presidente Duda Kroeff, que assume agora em janeiro, ficou fora da diretoria da futura Grêmio Empreendimentos por decisão pessoal. Vai cuidar do clube, que já é problema grande. O ainda presidente Paulo Odone está na comissão, mas não terá os votos que poderiam lhe dar a presidência ou as principais decisões: o grupo de oposição tem cinco votos contra dois de Odone. É uma das conseqüências políticas da reunião do Conselho. A outra foi a expressiva confirmação do projeto da OAS, superando a nostalgia inevitável pelo Olímpico, que mereceu até um projeto de remodelação, inspirado na advertência do ex-presidente Hélio Dourado, reformulador do velho estádio, avaliado na reunião com louvores, mas sem aprovação, o que autoriza a aceleração da construção no Humaitá, trocando de lado na cidade, do moderno e atualizado estádio do Grêmio.
A Copa do Mundo de 2014 só vai ajudar, além de conceder as vantagens de uma possível sede da competição.
Como não ouço queixas consistentes nem reclamações calorosas (o episódio da exclusão de Eduardo Antonini, que ficou com uma questão a ser melhor esclarecida, já começa a receber informações adicionais), deu-se o fenômeno do entendimento entre as pessoas, como se imaginava que não pudesse ser diferente e até escrevi a respeito na segunda-feira sem o risco de não saber antes.
Dinheiro
Essa construção da Arena, orçada em R$ 300 milhões (o Olímpico vale hoje aproximadamente R$ 60 milhões) passa ao largo das aflições concretas e imediatas da reconstrução do futebol. Krieger acaba de esclarecer que Jadílson, um vago ala-esquerdo por se firmar ainda, está completamente fora dos padrões que o Grêmio pode sustentar. Está fora. São limites que o futebol do clube se impõe para não rebentar com o teto, supõe-se. Mas
aparentemente parecem indicar um rebaixamento do nível de
desejo ou ambição do clube. Seria melhor que os dirigentes dessem uma indicação menos genérica para que o torcedor e o cronista possam se orientar em relação a esses padrões. A possibilidade de uma combinação da venda do zagueiro Léo com a vinda de um atacante é mais promissora. Mas deve bater no mesmo lugar. Mas talvez esclarecer muito não seja inteligente. Um margem de fantasia e sonho sempre é boa.
Redução
Já ouvi outro dia, mas também é matéria que poderia ser repetida: o Inter terá de diminuir os custos do futebol. A primeira providência é mesmo a primeira: reduzir o número de jogadores, que chega quase a 40 e deveria ficar em torno de, digamos, 30. A rescisão de contrato com Gabiru, herói enviesado do título mundial, é uma dessas providências. Gabiru não seria aproveitado nem mesmo no banco de reservas e seria emprestado de seis em seis meses sem perder o vínculo com o Inter por força de um contrato longo. Bustos, Orozco, Ângelo,
Ji-Paraná, Luiz Carlos além dos
remanescentes das outras desistências do clube como Chiquinho, João Carlos e outros, devem se enquadrar nessa política de redução de custos. E, como no Grêmio, empenha-se na preservação da lista essencial dos que não deveriam sair.
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