| 22/12/2008 05h54min
O lateral-esquerdo Fábio Santos deve chegar na terça-feira ao Olímpico disposto a quebrar a imagem de promessa que não virou realidade. Após o começo esfuziante no São Paulo, em 2003, na mesma geração de Diego Tardelli, hoje no Flamengo, e Kléber, destaque do Palmeiras no último Brasileirão, o paulista de 23 anos passou mais tempo no Exterior do que no Brasil, sem o brilho imaginado.
– No Grêmio, terei um projeto mais longo de trabalho. Sempre chego nos clubes com o trabalho em andamento. Nunca realizei uma pré-temporada – arrisca uma explicação.
Por coincidência, seu surgimento, com 17 anos, deu-se em uma partida contra o Grêmio. Com um time reserva, o São Paulo goleou por 4 a 0 no Olímpico, pela Copa Sul-Americana. Mesmo convertido em titular naquele ano, Fábio Santos ainda disputou a Taça São Paulo de juniores de 2004, o que lhe roubou o período de férias.
Em 2008, lateral passou por Monaco e
Santos
Os anos seguintes foram de afirmação. Com o São Paulo, o
lateral de estilo ofensivo foi até a semifinal da Libertadores de 2004 e participou da conquista do título no ano seguinte. Também esteve no grupo que ganhou o Mundial do Japão. Ainda naquele ano, foi terceiro lugar com o Brasil no Mundial Sub-20 da Holanda. Tornou-se amigo de Renan, na época goleiro do Inter e capitão da seleção.
Na metade de 2006, acertou-se com o Kashima Antlers, do Japão. Ficou sete meses e transferiu-se para o Cruzeiro. Foi seu pior momento na carreira. Com fratura no pé esquerdo, jogou só no final do Brasileirão.
Em 2008, mais dois contratos curtos, de seis meses de duração, um no Monaco, outro no Santos.
– Desta vez, falei a meu procurador para dar preferência ao Grêmio. Falei com o Souza (meia que jogou com ele no São Paulo). Ele me disse que vou gostar muito da cidade – empolga-se Fábio Santos.
Amanhã, reenergizado pelos 10 dias de férias em Orlando, na Flórida, ao lado da mulher, Fernanda, e da filha
Eduarda, de nove meses, ele deve desembarcar em Porto
Alegre para assinar contrato. Depois, volta a São Paulo para as festas de fim de ano.
Fábio Santos conversou por telefone, de sua casa em São Paulo. Confira os principais trechos da entrevista:
Zero Hora – Sua trajetória foi brilhante no São Paulo entre 2003 e 2005. O que ocorreu depois?
Fábio Santos – Tinha tudo acertado com o Grêmio em 2006, mas a direção do São Paulo complicou. Fui parar no Japão (levado por Paulo Autuori). No Cruzeiro, em 2007, fiquei cinco meses sem jogar (por fratura no pé esquerdo). Depois, estive no Monaco e no Cruzeiro.
ZH – Atuou ao lado de Bolívar no Monaco?
Fábio Santos – Sim. Somos amigos. Soube que ele virou lateral-direito. Vamos bater de frente no próximo Gre-Nal (risos).
ZH – O que ainda falta para que
você se firme em definitivo?
Fábio Santos – Falta um projeto mais longo. Cansei de ficar um ano num clube e
seis meses em outro. Até hoje, nunca realizei uma pré-temporada. Por isso, assinei por dois anos como Grêmio.
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