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 | 14/03/2003 11h01min

Alta de 1,57% do IPCA em fevereiro revela desaceleração da inflação

Em Porto Alegre, índice ficou em 1,54%

Dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta, dia 14, revelam uma variação de 1,57% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro. O indicador, 0,68 ponto percentual inferior ao apurado no primeiro mês do ano (2,25%), foi bastante superior ao do mesmo período de 2002, quando se observou um movimento de 0,36%. Em Porto Alegre, a variação foi de 1,54%, também menor que os 2,02% registrados em janeiro.

Nos dois primeiros meses do ano, o indicador acumulado chega a 3,86%. Em 2002, no mesmo período, o índice não ultrapassou 0,88%. Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 15,85%, acima do resultado dos 12 meses imediatamente anteriores, de 14,47%.

Porto Alegre acumulou nos primeiros 60 dias de 2003 uma variação de 3,59%, reflexo da soma dos 2,02% de janeiro com os 1,54% de fevereiro. Em Recife, foi observado o menor índice acumulado entre as regiões pesquisadas, de 2,23%.

A redução na taxa nacional, notada de um mês para o outro, deve-se ao menor crescimento nos preços da maioria dos itens de consumo, tendo em vista a menor influência do dólar aliada à colheita da nova safra agrícola. Os alimentos passaram de 2,15% para 1,22%. Produtos como óleo de soja (de 2,69% para -0,75%), arroz (de 1,97% para -0,73%), carnes (de 0,32% para -0,57%) e frango (de 2,61% para -0,49%) chegaram a apresentar taxas negativas. Outros mostraram crescimento mais reduzido, a exemplo dos ovos (de 5,4% para 3,5%) e do macarrão (de 2,85% para 0,81%).

Em relação aos produtos não alimentícios, a taxa passou de 2,28% em janeiro para 1,68% em fevereiro. A maioria dos produtos pesquisados influenciou menos o IPCA de fevereiro do que o de janeiro, destacando-se a gasolina (de 8,82% para 3,29%) e os remédios (de 2,26% para 0,12%).

As tarifas dos ônibus urbanos, cuja variação foi de 4,99% para 5,91%, destaca-se como contribuição positiva. As altas se concentraram em sete sete das 11 regiões pesquisadas.

As mensalidades escolares, com aumentos em todas as regiões pesquisadas, em razão do início do ano letivo apresentaram uma forte alta, saltando de 0,60% para 6,54%. O maior índice regional foi registrado em Brasília (2,44%), pressionado pelo resultado de ônibus urbanos (25,79%), cujas tarifas aumentaram 31,58% no dia 3 de fevereiro.

O IBGE calcula o IPCA desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos. Para cálculo de fevereiro foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 25 de fevereiro com os preços vigentes no período de 27 de dezembro de 2002 a 29 de janeiro 2003.

 
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