A divulgação de prévias da inflação de março, indicando um recuo dos índices, reforçou o otimismo com os fundamentos da economia brasileira na semana passada, quando houve uma recuperação dos ativos financeiros. Mesmo assim, as apostas são de manutenção da taxa básica (Selic) em 26,5% ao ano.

A reunião do Comitê de Política Econômica (Copom), nesta terça, dia 18, e quarta, dia 19, dividirá com os desdobramentos da crise do Iraque as atenções neste começo de semana. Poucos analistas acreditam em alteração da taxa, porque a indefinição continua no Exterior. Se essa situação se normalizar, as previsões são de que, no encontro de abril, o atual governo faça seu primeiro corte dos juros. Isso porque o Risco Brasil caiu ao menor nível (1.083 pontos) desde junho, e os títulos da dívida brasileira (C-Bond) atingiram a melhor performance desde maio: cerca de 79% do valor de face.

Nesta segunda, dia 17, tem vencimento no mercado de opções na Bolsa de São Paulo (Bovespa). Apesar de subir nos últimos quatro pregões e acumular alta de 5,27% no mês, os vendidos (que apostam na queda) tendem a ser beneficiados, como ocorreu nos últimos exercícios. O câmbio interrompeu sexta-feira três dias de queda, mas a expectativa é de que o preço volte a cair por conta do ingresso de recursos externos e da renovação pelo Banco Central (BC) de 25,8% da dívida cambial de US$ 3,1 bilhões que vence dia 1º.