| 06/01/2009 05h01min
Reforço ainda indefinido para 2009, o argentino Herrera não é unanimidade entre os torcedores do Grêmio. Seus defensores destacam o espírito combativo do atacante. O excesso de gols perdidos é o argumento dos que torcem o nariz diante da possibilidade de sua contratação.
Adireção havia prometido enviar ontem ao jogador, na cidade de Rosário, na Argentina, a minuta do contrato com um ano de duração. No final da tarde, no entanto, o vice de futebol André Krieger admitia que ainda restavam “algumas pendências”.
– Nunca dei a contratação por acabada. É preciso esperar as próximas horas – esquivou-se.
Sua cautela era justificada pela posição do presidente do Gimnasia y Esgrima, de La Plata, Walter Gisande, clube que detém 50% (a maior parte) dos direitos federativos do jogador. O dirigente disse ser “baixa” a oferta de US$ 400 mil (R$ 900 mil) pelo empréstimo. E anunciou sua intenção de reintegrar o atacante.
Jogador não se
reapresentou no Gimnasia y Esgrima
O restante
dos direitos federativos é dividido entre San Lorenzo (25%) e o empresário argentino Raul Delgado (25%). Com esses, o Grêmio já se acertou. Jorge Balbis, um dos empresários de Herrera, garantiu que tudo já negociado. E confia que ele comparecerá à reapresentação, amanhã à tarde.
Jaqueline, mulher do atacante, comemora a possibilidade de voltar a Porto Alegre. Diz ter saudades dos amigos feitos pela família em 2006, na primeira passagem do jogador pelo Olímpico. Lembra que a filha, Abril, de nove meses, não sofrerá com problemas de adaptação ao país. Ela nasceu em São Paulo.
– Está quase tudo certo. Mas ele é quem tem de falar, não eu – desconversou.
Herrera faltou à reapresentação no Gimnasia y Esgrima, ocorrida ontem. Viajou a Buenos Aires para tratar de assuntos particulares.
O que dizem gremistas ilustres |
JOSÉ ANTÔNIO PINHEIRO MACHADO, O ANONYMUS GOURMET |
Em 2006, ele ainda estava em fase de adaptação ao futebol brasileiro. Por isso perdia gols. No Corinthians, provou que é um baita atacante. Formará com Alex Mineiro o melhor ataque do Brasil. |
HUMBERTO GESSINGER, MÚSICO |
Gostaria que ele voltasse. Em vez de ser o último atacante, é o primeiro defensor. A marcação sobre os adversários começa com ele. Joga para o time, como Guiñazu. E é a cara do Keith Moon, do The Who, meu baterista preferido. |
JOSÉ FORTUNATTI, SECRETÁRIO MUNICIPAL ESPECIAL DA COPA DO MUNDO DE 2014 |
Se formos considerar o desempenho no Corinthians, é boa contratação. Se, simplesmente, repetir 2006, é péssimo negócio. São dois Herreras distintos. |
JOSÉ PEDRO GOULART, CINEASTA |
A imagem que eu tenho dele é ruim. Não podemos nos dar ao luxo de contar com um jogador que só entra em campo no segundo tempo, como aconteceu em 2006. Agora, é inegável que ele possui empatia com a torcida. |
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