A torcida do Joinville pode voltar a cantar: “olelê, olalá, o Vaguinho vem aí... e o bicho vai pegar”. O xodó dos tricolores apresentou-se terça-feira e provou o quanto é querido entre os jequeanos. Cerca de 100 pessoas foram vê-lo na Arena.

Vaguinho correu em volta do gramado, fez juras de amor ao clube e disse que quer esquecer 2008. Em 2007, ele era um dos destaques da Portuguesa na Série B. Mas em outubro daquele ano, acabou flagrado no exame antidoping. Vaguinho havia fumado maconha.

— Foi um período difícil, estava com depressão e até pensando em largar o futebol.

O atacante tomou um gancho de 120 dias e voltou aos gramados em março do ano passado. O problema foi que não encontrou na Lusa o mesmo espaço da temporada anterior.

Vaguinho volta ao Joinville pela terceira vez. As duas primeiras foram em 2005 e 2006. Tempo suficiente para conquistar os torcedores do JEC com um futebol bonito e ousado.

Aos 27 anos, garante ter aprendido com os erros e os problemas com a noite ficaram para trás.

— A gente precisa levar alguns tombos para acordar.

A esposa, Cheiline, foi um dos principais motivos para tanta mudança.

— Completei um ano de casado, é uma nova vida e estou muito feliz.

O prestígio de Vaguinho na Arena é tanto que assinou contrato de um ano com o clube, mesmo sem a certeza de calendário para o segundo semestre.

— Vaguinho fica aqui o tempo que ele quiser — disse o diretor de futebol, Nereu Martinelli.

Sem os mesmos holofotes de Vaguinho, um outro atacante se apresentou na Arena. Charles, de 24 anos, pertence ao Bahia e foi emprestado ao tricolor por um ano.

— Passamos 90 dias conversando. É um jogador que faz muitos gols — aposta Martinelli.

Só quem faltou à apresentação foi o zagueiro Emerson Aleixo. Ele desembarcaria no aeroporto de Joinville na terça à noite e só nesta quarta-feira vai posar para as fotos com a camisa do JEC.