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Decepcionado com a interrupção das inspeções no Iraque, o chefe dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), Hans Blix, explicará nesta quarta, dia 19, o que Bagdá precisa fazer para prestar contas sobre suas supostas armas de destruição em massa. Um dia após 134 inspetores terem deixado Bagdá, França, Rússia e Alemanha, entre outros países, insistiram na realização de uma sessão do Conselho de Segurança para Blix explicar o programa de trabalho exigido por uma resolução de 1999 e o papel que a ONU pode desempenhar após o início da guerra.
Os ministros do Exterior de cinco países do Conselho de Segurança – França, Rússia, Alemanha, Síria e Guiné, atual presidente do conselho – falarão no encontro, que deverá se transformar em críticas aos planos do governo de George W. Bush de atacar o Iraque. O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, não participará da reunião, descrita por uma autoridade dos EUA como "encontro incomum que achamos estar apartado da realidade".
Mas o embaixador alemão na ONU, Gunter Pleuger, disse que o sistema de inspeções ainda existe e "pode ser usado de novo após o que acontecer nos próximos dias.'' Blix, entretanto, estava menos otimista e disse em entrevista coletiva na terça-feira que não ouviu nada dos Estados Unidos e seus aliados sobre a retomada do processo de inspeções. Ele expressou decepção com encerramento das inspeções, decidido pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha.
Blix disse que quando a resolução 1441 foi aprovada em 8 de novembro, oferecendo uma oportunidade final para o Iraque se desarmar, acreditava que os membros do Conselho de Segurança queriam dar uma chance para os inspetores trabalharem.
– Mas então alguns não tiveram a paciência como outros, e acho isso uma pena – afirmou.
As informações são da agência Reuters.
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