O caminho de Edinho até a área de embarque do Aeroporto Salgado Filho, nesta terça-feira, foi demorado. Não pela distância percorrida pelo volante, que está trocando o Inter pelo Lecce, da Itália, mas por causa do assédio dos torcedores que transitavam pelo local. Fotos, autógrafos e abraços. Foi assim durante todo o tempo em que permaneceu no saguão do aeroporto. Nada mal para um jogador que há anos tinha sua titularidade na equipe colorada contestada.

Edinho deixou Porto Alegre pouco depois das 15h15min para realizar exames médicos e assinar contrato com a nova equipe. Na Itália, sabe que não deve brigar por títulos, coisa que se acostumou a fazer com a camisa do Inter:

– Sei que vou para uma equipe média da Itália, mas acredito que meu futebol vai se encaixar com o estilo italiano. Não terei dificuldades na adaptação.

Mesmo deixando claro que espera construir uma carreira sólida na Europa, Edinho diz que, caso volte ao Brasil, o Inter será a sua prioridade.

– Saio pela porta da frente. Quero me firmar por lá, mas se um dia voltar ao Brasil, não tenho dúvidas que terei no Inter um lugar para trabalhar – acredita.

Edinho era um dos quatro remanescentes da conquista do Mundial de Clubes, em 2006. Agora, restam apenas Clemer, Índio e Alex. A vitória em cima do Barcelona na final da competição é a principal lembrança na mente do jogador.

– Não tem como esquecer aquela partida. É uma honra ter participado da principal conquista do Inter. Jamais vou esquecer a torcida quando voltamos para Porto Alegre. Por tudo isso, eu só tenho a agradecer ao Inter – conclui.

Além da conquista do Mundial, o volante esteve presente nas campanhas dos títulos da Libertadores, da Recopa Sul-Americana e da Copa Sul-Amerinaca. Edinho ainda conquistou cinco campeonatos gaúchos com a camisa colorada.