Ainda que o Gre-Nal esteja marcado para as 19h30min, e que a previsão de abertura dos portões do Colosso da Lagoa estivesse prevista para as 17h, as grandes filas que começaram a se formar em frente às entrada do estádio fizeram com que a Brigada Militar permitisse o ingresso de gremistas e colorados às 15h30min, quatro horas antes da partida. O calor, próximo dos 30° C, também colaborou com a medida.

A BM foi rigorosa na revista dos torcedores. Acabou permitindo o acesso com câmeras fotográficas porque seria impossível barrar tantos aparelhos, já que a grande maioria de torcedores tinha o acessório à tira-colo.

– Ainda bem que a Brigada abriu os portões, já estava quente demais naquele mormação lá da rua – disse a gremista Suzana Mendes, aliviada ao acomodar-se nas arquibancadas do Colosso da Lagoa.

Assim que colorados e gremistas entraram no estádio, as provocações tiveram início, mas sem a violência habitual dos clássicos de Porto Alegre. Nas cercanias do estádio, o clima era de paz e camaradagem entre as duas torcidas.

Um esquema especial foi montado pela Brigada Militar (BM) para impedir confronto entre as torcidas organizadas da dupla. A torcida do Inter seguiu em três ônibus da Capital pela região da Serra e foram concentrados no posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Passo Fundo, onde se uniram a mais um ônibus da cidade que aguardava o comboio.

Já os torcedores do Grêmio partiram em duas vans e um micro-ônibus de Porto Alegre pela BR-386 e foram recebidos pela PRE no posto de Coxilha. Já no trecho entre Erechim e Passo Fundo (RS-135), no único local em que as torcidas se cruzaram, o posto de Coxilha, houve xingamentos, mas sem maiores incidentes.