| 03/03/2009 16h36min
Poucas horas depois de deixar o cargo de diretor técnico do Corinthians, Antônio Carlos Zago deu seu primeiro pronunciamento à imprensa, no início da tarde desta terça-feira, no CT do Parque Ecológico. O ex-zagueiro, braço-direito do presidente alvinegro Andrés Sanchez, pediu demissão devido à crise provocada pela polêmica balada de Ronaldo em Presidente Prudente, na última quinta-feira. O dirigente afirmou, no entanto, que a motivação maior seriam divergências em relação ao projeto para o futebol do clube.
– O que aconteceu em Prudente é um dos motivos (para o pedido de demissão), mas não é o principal. Tive algumas divergências em cima do projeto que temos para o ano que vem (ano do centenário do Timão). Ideias não bateram. Sendo assim, por tudo que aconteceu na última quinta-feira, achei para o bem do Corinthians deixar o cargo de diretor (técnico) de futebol para uma outra pessoa – declarou.
Sem perguntas de jornalistas, Zago fez apenas um pronunciamento e deixou o CT do Timão. Confira:
Primeiro, quero agradecer ao presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, meu amigo de infância, pela oportunidade que me deu de trabalhar no Corinthians. Hoje (terça-feira), faz 15 meses que fui contratado. O Corinthians se encontrava em uma situação difícil, tinha caído para a Série B. Fizemos um excelente trabalho, montamos um grande time, que hoje pela própria imprensa está entre os quatro melhores do Brasil.
Eu tive uma grande parcela nisso tudo, até pelas dificuldades pelas quais estávamos passando. Na base da amizade, eu trouxe vários jogadores para o clube. Agradeço ao presidente pela confiança. Dei tudo de mim, deixei minha família de lado para entrar de cabeça nesse projeto. Mas acontecem algumas coisas no meio que você tem de repensar naquilo que você faz da sua vida.
O que aconteceu em Prudente é um dos motivos (para o pedido de demissão), mas não é o principal. Tive algumas divergências em cima do projeto que temos para o ano que vem (ano do centenário do Timão). Ideias não bateram. Sendo assim, por tudo que aconteceu na última quinta-feira, achei para o bem do Corinthians deixar o cargo de diretor (técnico) de futebol para uma outra pessoa.
O presidente há algum tempo vem sofrendo pressão de algumas pessoas de dentro do clube para que eu deixasse o cargo. É um momento de pensar e rever tudo aquilo que foi feito. Não sei se vou continuar como diretor de futebol. Quando parei (de jogar), a minha intenção era ser treinador. Vou rever tudo isso.
A vida segue e espero que o Corinthians no próximo domingo (contra o Palmeiras) faça uma excelente apresentação e consiga a vitória. Quero agradecer aos jogadores, principalmente os que vieram ano passado, pelo apoio, pelo que passei na última quinta-feria. Tenho ótimo relacionamento com eles (atletas). Meu ciclo se encerrou. Deixo a porta aberta para todos. Aquele convite que fiz para sábado que vem (churrasco com os
jornalistas na mansão em Presidente Prudente) está de
pé. Obrigado a todos!
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