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O governo do Iraque acusou os Estados Unidos e a Grã-Bretanha de obrigarem a Organização das Nações Unidas (ONU) a suspender o programa de assistência humanitária "petróleo por comida'', o qual permite ao país trocar o faturamento das vendas do petróleo por alimentos e medicamentos.
– Denunciamos este comportamento imoral e desumano dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha para bloquear o programa petróleo por comida – disparou o ministro do Comércio do Iraque, Mohammed Mehdi Saleh, em entrevista coletiva concedida nesta terça, dia 25.
Saleh acusou ainda o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, de se submeter aos interesses de norte-americanos e de britânicos, que lideram a invasão do Iraque para derrubar o presidente Saddam Hussein.
– Pedimos ao secretário-geral da ONU e à organização para permitir a entrada imediata de alimentos e medicamentos e para não se submeterem à influência e à vontade do governo dos EUA, se a ONU se preocupa com a paz e o bem-estar das pessoas – disse.
Segundo o ministro iraquiano, a maior parte dos carregamentos de alimentos e medicamentos estava no mar ou nas fronteiras do Iraque quando foi bloqueada por decisão de Annan. A ONU permite ao Iraque, duramente pressionado por sanções econômicas impostas pela organização depois da invasão do Kuweit em 1990, vender petróleo para comprar alimentos, medicamentos e outros bens para propósitos humanitários.
Os contratos dessas transações devem ser aprovados pela organização, que tem uma conta em dólar para o programa iraquiano em uma agência do banco francês BNP-Paribas em Nova York. Segundo Saleh, há mais de US$ 21 bilhões nesta conta.
As informações são da agência Reuters.
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