| 25/03/2003 12h43min
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça, dia 25, que o Brasil necessita progredir nas reformas econômicas este ano para mostrar aos investidores sua seriedade com o lado fiscal da economia. Mas, segundo ele, essas medidas não são essenciais para os orçamentos de 2003 e 2004. Meirelles está em Milão para a assembléia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
– É bom fazer progressos logo em razão da confiança. Tecnicamente, podemos alcançar um superávit primário também no próximo ano sem as reformas.
No último domingo, dia 23, a agência internacional Standard & Poor's disse que o Brasil tem seis meses para provar que pode avançar com as reformas. Meirelles acrescentou esperar que a reforma previdenciária seja enviada ao Congresso até junho ou julho, mas enfatizou que o momento preciso não é crucial.
– Até meados do ano seria razoável. Se for (enviada) apenas em outubro, eu não acredito que seja um grande problema. A Previdência é um problema de médio a longo prazo. Se a reforma for apresentada ao Congresso em dezembro, tudo bem – disse ele.
Para o presidente do BC, o governo precisa mostrar progresso na reforma dentro de um ano para demonstrar que está promovendo as mudanças no país.
Meirelles também afirmou que o projeto de lei sobre a autonomia do BC – outra medida vista com bons olhos pelos investidores estrangeiros – poderá não ser aprovada até 2004. O governo tenta colocar em votação no Congresso esta semana um projeto de emenda no constitucional que abre caminho para o projeto da autonomia do BC. No entanto, membros mais à esquerda do PT se opõem a proposta.
As informações são da Agência Brasil.
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