A noite foi sem estrelas na Baixada. Depois de marcar o primeiro gol aos oito minutos do segundo tempo, com Lenílson, o Atlético de Ibirama permitiu o empate do Brusque, aos 41, e deixou escapar a vitória em casa. Até então, o time de Edson Belmonte estava com 100% de aproveitamento em Ibirama e era forte candidato a uma vaga no quadrangular final do Campeonato Catarinense. Agora, vê a classificação ameaçada, principalmente pela Chapecoense, também adversária na briga por um lugar na Série D do Brasileiro (assim como o Joinville).

O jogo

O jogo começou corrido, com as duas equipes brigando em cada dividida. Os goleiros não tiveram folga. Com o cronômetro correndo, a marcação foi ficando cada vez mais cerrada e o jogo, por alguns momentos, apresentou lances de violência. Não faltaram pés altos e carrinhos e três jogadores foram para o chuveiro mais cedo — dois do Brusque e um do Ibirama.

O árbitro Jefferson Schmidtt não deu trégua e parou bastante o jogo. Os atendimentos em campo também colaboraram para atravancar ainda mais a partida. Deu para perder a conta de quantos jogadores caíram, pediram a maca, saíram e retornaram para dentro das quatro linhas. No primeiro tempo, o Ibirama conseguiu chegar melhor, pelo menos até os 35 minutos. Depois disso, a impressão foi que os jogadores perderam a concentração e permitiram a pressão brusquense. A sorte deles foi que o time visitante decepcionou nas finalizações.

Segundo tempo

No segundo tempo, o Atlético voltou um pouco diferente. Com a entrada de Tony no lugar de Heverton, o atacante Leandrão começou a buscar a bola mais atrás e ajudar na distribuição. O time passou a render mais. Mas o Brusque não ficou para atrás. Ailton e Rafael Bitencourt chegaram na cara do gol várias vezes. O goleiro Cleverton, que substituiu o titular Gean, trabalhou como nunca.

E foi o Ibirama quem abriu o placar, aos 8 minutos. Depois do gol de Lenílson, que iniciou a jogada no meio-campo e recebeu a bola dentro da grande área para o chute cruzado da direita, o Brusque ficou abalado por cerca de cinco minutos, mas levantou a cabeça e conseguiu a recuperação. O empate veio depois de uma confusão. A bola foi levantada da direita e passou pelo pé de quase todos 15 jogadores que estavam na área. Por último, tocou em Carlinhos e entrou.

Após o jogo, o técnico Belmonte pediu tranquilidade e prometeu analisar os erros para que não se repitam em outro clássico, contra o Metropolitano, quarta-feira.

— Vamos conversar e colocar as coisas no lugar. Estamos vivos na competição, o próximo jogo também é em casa e vamos atrás dos três pontos — afirmou.

Matéria atualizada às 21h26min.