O técnico do Inter, Tite, foi absolvido por unanimidade na noite desta terça pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ele foi julgado por ter sido expulso por reclamação da vitória do Inter por 2 a 0 sobre o União-MT. O jogo foi realizado no último dia 4 no Beira-Rio, e levou o Colorado à segunda fase da Copa do Brasil. O treinador corria o risco de ser suspenso por entre 30 a 180 dias.

Tite foi denunciado pelo artigo 188 do CBJD (manifestar-se de forma desrespeitosa ou ofensiva contra membros do Conselho Nacional de Esporte; dos poderes das entidades desportivas ou da Justiça Desportiva, e contra árbitro ou auxiliar em razão de suas atribuições, ou ameaçá-los), que prevê suspensão de 30 a 180 dias. Ele foi expulso por reclamar da arbitragem.

De acordo com a súmula da partida, assinada pelo árbitro Wagner Tardelli, o técnico não teria se comportado devidamente no banco de reservas, reclamando muito das decisões do trio de arbitragem. Durante o julgamento, Tite disse apenas ter gesticulado quando não concordou com uma marcação de escanteio contra o Inter, frisando que não agiu com desrespeito. O treinador acrescentou que se puniu pagando uma multa cujo valor foi dividido entre funcionários do clube.

No mesmo julgamento, o zagueiro Odvan, ex-Vasco, sofreu duas suspensões de um jogo cada, pelos artigos 250 (ato desleal ou inconveniente), que prevê suspensão de um a três jogos, e 251 (reclamação), que prevê gancho de uma a quatro partidas. Ele foi expulso do jogo com o Inter aos 38 minutos do segundo tempo, após acertar o meia D'Alessandro, e deixou o campo no Beira-Rio aplaudindo ironicamente a arbitragem.

A pior punição, no entanto, foi aplicada no preparador de goleiros do União-MT, Luiz Antônio Toledo. Ele pegou gancho de 30 dias, por infração ao artigo 187 (ofensa), por ter reclamado da arbitragem.

Atualizada às 20h50min.